O Amazonas, que enfrenta crise na saúde, também está sofrendo nova variação do coronavírus. Entenda melhor!
Nova variante do novo coronavírus, chamada cepa P1, foi identificada no Amazonas e está agravando os casos da doença, que têm crescido no estado, que vive uma crise na saúde por conta da falta de cilindros de oxigênio na capital, Manaus.
Segundo a UOL, profissionais de saúde da linha de frente do estado atestam que essa nova variante da doença foi causada por mutações e tem mais transmissibilidade do que a anterior.
O infectologista Noaldo Lucena disse que famílias inteiras têm apresentado sintomas e procurado ajuda, o que não acontecia antes, quando as pessoas se apresentavam uma de cada vez, e isso indica que a nova cepa é mais patogênica e transmissível, segundo ele.
Lucena também contou à UOL que tem percebido que as lesões nos pulmões dos pacientes são mais graves agora do que antes, mas que a doença se tornou mais “silenciosa”, com muitos sintomas sendo identificados apenas através de exames clínicos.
Ana Paula Rocche, enfermeira e professora, partilha da opinião de Lucena, e acrescenta que os pacientes vão piorando muito, dia após dia, e que não é normal.
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Outra séria questão envolvendo a cepa P1 é a sua letalidade.
De acordo com dados aos quais o portal teve acesso, com essa nova cepa, mais jovens estão morrendo. Nos últimos 30 dias, quatro em cada dez vítimas tinham menos de 60 anos.
Silvia Leopoldina, infectologista que atua na rede pública do estado, disse que o aumento das mortes não está apenas concentrado nos grupos de risco, mas também entre bebês, crianças e adolescentes, ainda que não apresentem comorbidades.
Bernardino Albuquerque, professor da Universidade Federal do Amazonas e pesquisador da Fiocruz Amazônia, acredita que essa realidade esteja associada à crise na saúde. Ele diz que a partir do final de dezembro, quando a situação se complicou no estado, muitos pacientes esperaram horas por atendimento, e que seu estado clínico se agrava por conta disso.
Segundo o Correio Braziliense, pesquisadores da Fiocruz fizeram um estudo que mostrou uma paciente de 29 anos, que se reinfectou com a cepa P1, mesmo tendo anticorpos contra o coronavírus. Ela não tinha problemas de imunidade.
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Os pesquisadores envolvidos afirmam que esse caso isolado não fornece provas suficientes para determinar se todos aqueles que tiveram covid-19 podem se infectar com a nossa cepa ou se isso interfere no efeito das vacinas no organismo, e acrescentaram que mais investigações precisam ser feitas com urgência para entender como a reinfecção funciona.
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