Ela precisou lidar com o trauma ainda muito nova, sem saber que havia muitas coisas por vir!
Quem vê Maitê Proença e seus inúmeros personagens interpretados na Rede Globo não imagina que a atriz teve um passado muito difícil e que, certamente, reflete até hoje em sua vida. Aos 12 anos, Maitê teve a mãe assassinada pelo seu próprio pai, segundo a revista Veja, e até hoje a atriz raramente aborda o assunto publicamente.
O caso traumático na vida da família aconteceu em 1970, quando o pai da atriz, o procurador de justiça Augusto Carlos Eduardo da Rocha Monteiro Gallo, esfaqueou sua esposa Margot Proença Gallo onze vezes, e ela não resistiu. Ele agiu por ciúme da “relação” de Margot e seu professor de francês, certo de que eles estavam tendo um caso.
Em entrevista ao programa “Roda Vida”, da TV Cultura, em 2017, a atriz disse que, mesmo após mais de 45 anos do ocorrido, ainda é muito difícil falar sobre o tema por considerar isso parte de sua história particular.
Ela defendeu que não se constrói uma carreira com a piedade de ninguém, por isso, quando o crime veio a público, precisou aprender a lidar com tudo aquilo, mesmo tão nova.
Maitê Proença também disse na entrevista que sabia que seu pai não ia voltar a matar, mas era muito complicado ver que ele tinha destruído sua vida e que tinha matado a pessoa que ele mais amava, mais do que a si mesmo. A artista comentou que, apesar disso, tinha uma casa perfeita, estudava na escola perfeita, tudo era perfeito, mas em um belo dia, tudo isso acabou.
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Com pouca idade, não estava nem de perto preparada para superar um trauma tão grande assim. Ainda segundo a Veja, outros desdobramentos horríveis aconteceram em sua vida, como o suicídio do pai, em 1989, e depois do irmão René Augusto Proença Gallo.
A atriz disse que ainda aconteceram várias coisas — que não contaria —, com as quais ainda lidava. Apesar disso, afirma ser feliz porque conseguiu organizar direito isso dentro de si mesma.
Rigidez e tragédia
O pai de Maitê Proença sempre foi uma pessoa muito rígida e ciumenta, segundo o BOL, da UOL. Enquanto crescia, a menina era proibida de assistir à televisão, o que lhe trouxe alguns empecilhos quando começou a carreira artística. Depois que seu pai assassinou sua mãe, Maitê e o irmão foram viver em um pensionato, e Augusto Carlos Eduardo foi para uma chácara e, mais tarde, morou em um manicômio.
Conforme o BOL, Maitê disse que perguntou ao pai por que não atirou em sua mãe, e ele respondeu que a faca era uma extensão do corpo dele. A atriz diz não acreditar que ele fosse um assassino, mas um neurótico. Além disso, pensa que sua mãe não foi suficientemente cautelosa para lidar com o comportamento do pai, pois sabia que ele era uma pessoa rígida.
Em 2017, durante a oitava edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, no Rio de Janeiro, a atriz contou que foi testemunha de defesa do pai no processo judicial.
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Vida nova
Apesar dos fantasmas do passado, Maitê Proença conseguiu fazer da arte um refúgio, tornando-se uma atriz de renome e escritora, e em 2008, no lançamento de “Uma vida inventada”, fez o que pôde para contar sua história.
![Maitê Proença teve a mãe assassinada pelo próprio pai na infância!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Imagem-1-Maite-Proenca-teve-a-mae-assassinada-pelo-proprio-pai-durante-infancia.jpg)
Se estiver passando por crises de depressão e precisar de ajuda, não hesite em discar 188, este é o número da parceria do Centro de Valorização da Vida com o Ministério da Saúde. A ligação é gratuita.
Também é possível encontrar atendimento no endereço eletrônico: www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações. Para contatar o SAMU, disque 192. Atendimentos também são realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), prontos-socorros e hospitais.