Na plataforma X (antigo Twitter), a médica Rayssa Feitosa celebrou seu primeiro plantão como profissional formada junto com sua mãe, a enfermeira Ana Patrícia Feitosa.
No post, que já conta com 63 mil curtidas, Rayssa expressou a dificuldade de descrever a relevância desse momento.
Não consigo nem dimensionar em palavras o impacto desse evento. Ela toda bestinha indo a cada 30 minutos perguntar se eu precisava de ajuda. Rica do que o dinheiro não compra. Privilégios? Mereci escreveu.
Grande parte do estímulo à educação da médica foi proporcionada por Ana Patrícia, que só concluiu o ensino médio após o nascimento de Rayssa. Ela frequentou cursos e trabalhou com o objetivo de concretizar o sonho de ingressar na faculdade de Enfermagem.
![Médica negra celebra seu primeiro plantão com sua mãe enfermeira: "Rica do que o dinheiro não compra"](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2024/04/Medica_plantao_mae-.jpg.webp)
![Médica negra celebra seu primeiro plantão com sua mãe enfermeira: "Rica do que o dinheiro não compra"](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2024/04/2_Medica_plantao_mae-.jpg.webp)
Mesmo que ela [mãe] não me falasse diretamente sobre feminismo, ela e minha avó foram os maiores exemplos de feministas que eu tive: mulheres provedoras da família, que eram a cabeça, que resolviam tudo. E minha mãe encontrou na educação uma forma de conseguir prestígio e respeito declarou Rayssa ao Intercept Brasil.
Depois de concluir o ensino médio, Rayssa se dedicou durante quatro anos ao cursinho. Com muito empenho e dúvidas sobre se conseguiria ser aprovada, garantiu uma vaga na faculdade de Medicina, decidida a trilhar o caminho que sempre almejou.
Hoje, eu compreendo o papel que eu ocupo dentro da universidade, de toda minha história, de ter sido a mulher preta que veio da periferia e está ocupando um espaço majoritariamente de pessoas brancas, e que precisa provar o tempo todo que é boa, porque as pessoas já duvidam de você naturalmente afirmou.