Para muitos pais cuidar dos filhos é uma tarefa complexa, ainda mais quando um deles trabalha ou ambos trabalham para prover o sustento. Algumas famílias optam por deixar seus filhos em creches ou até contratar babás para cuidarem das crianças. Uma mulher teria pedido ajuda para sua mãe cuidar da neta, mas foi surpreendida com uma exigência.
Uma mulher, identificada por Nina, desabafou em um fórum online sobre sua mãe querer cobrar US$ 20, aproximadamente R$ 100, para cuidar de sua neta enquanto ela e seu marido estão trabalhando.
Em seu relato, a mulher diz que ela e seu marido têm buscado creches, mas que o valor cobrado pelas instituições está fora do alcance do orçamento familiar, e que os dois têm mais de US$ 7 mil em dívidas com cartão de crédito, aproximadamente R$ 34 mil, e que para a família deixar a bebê em uma creche, aumentaria e muito as dívidas, sendo algo inviável no momento.
Ao conversar com sua mãe, a mulher que diz ter 29 anos, segundo o site The New York Post, disse que teria conversado com sua mãe, uma mulher de 64 anos, e pedido ajuda para que ela pudesse passar um tempo com a neta enquanto ela e seu marido trabalhavam.
“Minha mãe tem 64 anos e é dona de casa desde 1992 e não trabalha desde então. Ela se recusou em cuidar da própria neta dizendo que está muito velha e que já fez sua parte ao criar os filhos”, escreveu a mulher no fórum online Reddit.
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Ela ainda continuou explicando que para sua mãe, Nina deveria seguir seu exemplo e deixar que somente seu marido trabalhasse e que ela cuidasse da própria filha, assim como ela fez em seu momento com ela e seus irmãos.
Mas a realidade para muitas famílias não permite esse tipo de situação. Muitas mães terminam voltando ao mercado de trabalho para complementar a renda familiar. Segundo o relato, Nina e seu marido estão morando em um apartamento pequeno em uma zona metropolitana e estão economizando dinheiro para poder mudar para outro imóvel de dois quartos quando a bebê começar a crescer.
“Em alguns anos, precisaremos de mais espaço. Quando expliquei isso para a minha mãe, ela me disse que cobraria US$ 20 por hora de acordo com o tempo que minha filha ficasse sob seus cuidados, mais multas, caso nos atrasarmos para buscá-la”, detalhou Nina em seu relato.
A avó ainda teria feito outras exigências para a filha: ela queria que os pais comprassem uma cadeirinha, carrinho de bebê, mamadeiras e fraldas para que ela pudesse cuidar da própria neta. E que somente cuidaria da bebê em sua casa, não podendo ficar no apartamento de Nina.
“Ela não vem ao meu apartamento por razões pessoais. A última vez que ela veio foi há cinco anos”, explicou.
Fim da licença-maternidade é desafio para várias mulheres
Segundo a revista Crescer, um estudo aponta que em 85% das empresas brasileiras, menos da metade das funcionárias retornam ao trabalho após a licença-maternidade. A maioria é despedida tão logo volta ao trabalho presencial. Isso acaba gerando uma série de conflitos familiares, bem como para a mulher, que se sente culpada em delegar os cuidados dos filhos a um terceiro.
“Muitas mães querem voltar ao mercado, mas o fim da licença-maternidade é um momento de angústia. Elas se questionam como vão deixar aquele bebê pequeno tanto tempo longe dos seus olhos. Daí surge a culpa”, comenta a psicóloga Mariana Rappaport, entrevistada pela revista Crescer.
Para as mulheres que têm filhos, o retorno ao mercado de trabalho é bastante difícil, já que elas competem diretamente com outras mulheres que não têm filhos e contra homens que não tiveram suas carreiras interrompidas por conta da licença-maternidade. Para muitas empresas, um filho pode ser visto como prejudicial para empresa, porque atrapalha o fluxo de trabalho, ainda que seja um problema pensar dessa maneira, essa ainda é a realidade em muitos locais.