Na internet, alguns usuários defendem que o veículo é feito sob medida para pessoas com nanismo, mas a empresa afirmou que a informação não procede.
Sempre que uma imagem se torna viral, muitos ficam se perguntando se ela é real, se as informações que a acompanham são procedentes, e até mesmo a origem da foto se torna uma questão relevante. Em tempos de redes sociais e smartphones, onde qualquer um é capaz de gravar um vídeo ou tirar uma foto e compartilhar em plataformas, todo cuidado é pouco e é importante estar atento.
Recentemente, a foto de um casal com nanismo ao lado de um Volkswagen Gol em miniatura acabou viralizando na internet, e a justificativa se dá pelo fato de que alguns internautas afirmavam que o automóvel era feito sob medida para o casal com baixa estatura. Mas, de acordo com checagem do UOL, essa informação não procede.
Ao entrar em contato com a empresa fabricante de carros, o site recebeu a resposta de que tinha sido fabricada pela Volkswagen, mas que não era sob medida para o casal da foto. O Gol G5 em miniatura foi uma das atrações de 2008 do Salão do Automóvel de São Paulo, que aconteceu no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo capital.
Entre as fotos do evento, um outro Gol miniatura G5 amarelo é possível ser visto, o que indica que a montadora tenha fabricado ao menos dois exemplares do carro. Os dois eram com quatro portas e com espaço para transportar pessoas de até um metro e meio. Outro ponto muito questionado é: afinal, quem são as pessoas da foto?
Segundo reportagem do UOL, se trata de Douglas Maytzer, de 52 anos, e sua ex-companheira Claudya Rocha. Os dois trabalhavam no Beto Carrero World quando conheceram o exemplar, na Penha, em Santa Catarina. Ele e a esposa estavam trabalhando no parque, com a estreia do Extreme Show, que a montadora era patrocinadora, usando modelos em tamanho normal do Gol e do Voyage.
Ele teve a possibilidade de dirigir o veículo por apenas dois dias, e precisou entregá-lo depois que no meio da atração acabou ficando sem freio, sendo salvo pelo atual gestor do parque, Alexandre Murad, filho de Beto Carrero. Douglas não dirige aquele Gol miniatura, como muitos esperavam, ao contrário, guia um Honda Fit 2014 em tamanho real, o carro é adaptado para suas exigências.
Mesmo sem ter quem fez a publicação, Douglas segue recebendo notificações diariamente a respeito da foto, e garante que já faz mais de uma década. De fato, as informações nem sempre são verdadeiras quando se trata de rede social, e isso acontece porque, ao contrário de um jornal ou um veículo de mídia comprometido, os internautas não se dão ao trabalho de irem atrás da checagem dos fatos, conversando com as pessoas envolvidas nos assuntos e pegando vários pontos de vista.
Cinco dicas para não cair em fake news
Se as notícias falsas costumam aparecer com frequência, basta prestar atenção a essas dicas simples para não as levar como verdade.
1. Cheque as fontes da matéria
Se você receber uma reportagem cheia de nomes de supostos especialistas e estiver em dúvida quanto à veracidade dos fatos, jogue os nomes dos profissionais no Google e veja se os resultados correspondem ao que está escrito na matéria. Vale lembrar que esse é um recurso para usar com fontes oficiais, aquelas mais anônimas com certeza não vão aparecer na pesquisa com facilidade.
Fique atento aos nomes das Universidades que os especialistas trabalham, ou aos nomes dos locais que determinadas pesquisas foram feitas. Quando a informação é verdadeira, o profissional coloca o nome correto de cada um desses lugares, mas quando é falsa, normalmente vem com generalizações como: muitos pesquisadores, diversos estudos, etc.
2. Cheque as datas
Preste muita atenção nas datas das matérias que recebe, isso porque as notícias têm prazo de validade. Algo que foi tratado como verdade há alguns anos, pode ter mudado completamente hoje, por isso não aceite conteúdo jornalístico antigo como verdade suprema.
3. Fique de olhos abertos a posicionamentos radicais
Jornalismo de qualidade sempre apresenta os dois lados de uma história, e caso não consiga entrar em contato com alguma fonte, sempre deixa claro que o indivíduo não respondeu a equipe de reportagem, ou preferiu não dar declarações, ou outras coisas do tipo. Isso é chamado de “acesso ao contraditório”, e bons jornais precisam ouvir todos os lados que conseguirem.
4. Veja se outros jornais deram a mesma notícia
Jogue palavras-chave no Google ou simplesmente pesquise pelo mesmo título, se nenhum outro jornal grande tiver noticiado aquele fato, as chances de ser uma fake news são altas.
5. Leia a matéria completa
Muitos veículos e portais colocam títulos sensacionalistas para chamar a atenção dos leitores, e quando eles abrem a matéria, a verdade é outra. Alguns jornalistas sequer têm a opção de modificar o título, por isso é sempre bom dar uma lida na matéria completa, principalmente em casos polêmicos.