Atualmente existem diversos tipos de relações, e a mais comum é a de ter apenas um parceiro ou parceira para caminhar. Porém, há quem se pergunte o que é monogamia e fique em dúvidas se essa realmente é sua escolha de vida.
Normalmente quando duas pessoas começam a se relacionar, subentende-se que se trata de um relacionamento monogâmico. Mas afinal, o que é monogamia e como ela funciona dentro da sociedade moderna? É o que você irá descobrir a seguir!
O que é monogamia?
Relação tradicional e fechada, envolvendo apenas duas pessoas. A pessoa monogâmica é aquela que tem apenas um parceiro amoroso e/ou sexual por vez, seja durante a vida inteira ou apenas por um período.
Muitos talvez nem se lembrem de ter feito essa escolha ou sequer foram indagados sobre serem monogâmicos ou não. No entanto, quem opta por seguir esse modelo de relacionamento pode ser uma exceção, já que a maioria só aceita que essa é a única maneira de se relacionar.
Enquanto há países que estabelecem que a monogamia é a única maneira de construir uma família, outros pregam que esse tipo de relacionamento deve ser seguido única e exclusivamente pelas mulheres, enquanto o homem pode ter mais de uma esposa, já que as regras do país assim permitem.
Há ainda um outro termo muito conhecido nas sociedades taxadas como monogâmicas: a “dupla moral”, que seria quando alguém afirma ser monogâmico, mas por trás dos bastidores mantém relações extraconjugais. A prática tem sido frequente tanto entre os homens quanto entre as mulheres.
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A monogamia é o único caminho?
Desde que o ser humano se entende por gente ele é ensinado sobre a monogamia, que é comumente associada à figura feminina. Já em filmes, contos e desenhos muito se vê também a atribuição da “dupla moral” aos homens, com aquela clássica frase “ele é homem, sabe como é!”.
Desvendando a monogamia
Tema que molda nossas vidas amorosas e atravessa séculos, a monogamia possui diferentes formas e contornos dentro da sociedade atual em que vivemos. No sentido literal, como já dito anteriormente, ela significa ter apenas um parceiro conjugal ou romântico por vez.
Contudo, existem três matrizes envolvendo a monogamia. São elas:
- Monogamia serial: é quando a pessoa tem vários parceiros ao longo da vida, mas mantendo apenas um por vez.
- Monogamia social: embora o casal não tenha o título formal, podem manter laços emocionais exclusivos.
- Monogamia sexual: é o compromisso de duas pessoas manterem relações sexuais apenas juntos.
Quando o assunto são as raízes culturais, a monogamia ganha um embasamento diferente. Há quem diga que a monogamia tenha evoluído como uma maneira de fortalecer os laços familiares, como uma espécie de acordo ancestral para a criação de filhotes.
Algumas religiões ditam a monogamia como algo sagrado. Já algumas culturas pregam que a monogamia serve para garantir a estabilidade. No quesito casamento, mesmo em tempos mais modernos, a monogamia é a base desse tipo de relacionamento.
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Os desafios atuais que permeiam a sociedade são muitos. Temos agora outras perspectivas sociais e papéis de gênero que influenciam o contexto. Porém, embora a monogamia prevaleça, a sociedade tem abraçado a diversidade, respeitando os mais diversos arranjos familiares e entendendo que existem diferentes formas de amar.
Outros modelos de relacionamento
Poligamia: neste caso aqui é a prática de ter mais de um parceiro ao mesmo tempo, seja por meio da poliandria (quando a mulher tem múltiplos esposos) ou a poligamia, como já é mais conhecida: quando o homem possui várias esposas.
- Poliamor: é caracterizado pela abertura e consensualidade para envolvimentos sexuais ou românticos com diversos parceiros simultaneamente. Nesta situação, o consentimento e a comunicação aberta são cruciais.
- Relacionamento aberto: bastante polêmico, esse modelo de relacionamento implica em ter parceiros que concordam em ter experiências românticas ou sexuais com pessoas fora do relacionamento principal.
- Monogamia serial: é a prática de ter múltiplos parceiros no decorrer da vida, mas sempre um por vez. Ou seja, uma única pessoa consegue ter inúmeros relacionamentos monogâmicos sequenciais.
- Casamento-teste: existem casais que escolhem viver juntos antes de se casarem para compreenderem melhor o relacionamento antes de formalizar a relação bem como para testar a compatibilidade um com o outro.
- Relações não-monogâmicas consensuais: bem parecido com o relacionamento aberto, neste caso aqui, os parceiros concordam em abrir a relação, seja para novos encontros românticos ou de cunho sexual.
- Relações platônicas ou assexuais: esqueça o foco principal na atração física e entenda que aqui o casal preza pela conexão emocional e companheirismo, sem darem ênfase a um envolvimento mais íntimo, por exemplo.
Dados sobre o divórcio envolvendo relações monogâmicas
Informações trazidas pelo IBGE apontam que em 2009 a média de tempo entre a assinatura do contrato de casamento até o divórcio era de 17,5 anos. Dez anos depois, caiu para 13,8 anos. Se antes o casamento monogâmico era visto como indissolúvel, com o passar das décadas isso mudou drasticamente.
A cada quatro casamentos, em pelo menos um o divórcio tem sido solicitado. Uma das principais razões que estimulam essa tomada de decisão é a infidelidade, seja por parte do marido ou da mulher.
![Monogamia: um guia completo sobre o modelo de relacionamento](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/11/Monogamia-um-guia-completo-sobre-o-modelo-de-relacionamento-imagem-1.jpg.webp)
Veja agora duas curiosidades monogâmicas que vão te surpreender:
- Você sabia que o pênis humano tem relação com isso? Alguns pesquisadores acreditam que a anatomia masculina possui uma história evolutiva totalmente influenciada pela monogamia.
- Contrariando a visão de alguns indivíduos de que a monogamia é uma exclusividade humana, alguns animais seguem essa mesma vertente.
Dentre os animais monogâmicos, temos:
Lobos cinzentos: na maioria das vezes os lobos formam pares monogâmicos e colaboram juntos na criação dos filhotes.
Gansos canadenses: é possível encontrar pares monogâmicos dessa espécie que podem durar a vida inteira.
Albatrozes: esses animais se destacam por suas longas parcerias monogâmicas que tendem a durar várias temporadas de reprodução.
Roedores: os castores, por exemplo, são conhecidos por formar pares monogâmicos com o intuito de criar e cuidar da prole.
Fidalgos (Peixes): espécies de peixes como o fidalgo também formam pares monogâmicos para proteger os ovos, e posteriormente os filhotes.
Cisnes: de uma maneira geral, os cisnes costumam formar vínculos duradouros com apenas um parceiro.
Gibões: esses primatas são apaixonados pela cooperação na criação dos filhotes e também formam pares monogâmicos.
Pinguins-de-Adélia: além de estabelecerem pares monogâmicos, compartilham responsabilidades tanto na construção do ninho quanto na criação de seus filhotes.
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Em meio a era de escolhas amorosas diversas, entender como funcionam e quais são as nuances da monogamia nos faz enxergar a complexidade por trás das relações humanas e apreciar a variedade envolvendo as maneiras de amar e ser amado.
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