Que o Google Tradutor é uma ferramenta amplamente utilizada por inúmeros usuários mundo afora, não é novidade alguma. Para muitos, é a primeira opção ao se considerar qualquer tipo de tradução, especialmente se você usa o navegador Chrome, por exemplo.
Porém essa ferramenta ainda apresenta algumas limitações que podem alterar o resultado e até mesmo o seu entendimento de algumas traduções.
Para alguns casos, é necessário não só precisão na tradução, mas certa sensibilidade cultural e as traduções automáticas não conseguem – ainda – disponibilizar uma informação próxima à realidade local entre os diferentes idiomas.
Conforme o tempo foi passando, o Google Tradutor foi aumentando seu leque de idiomas e hoje já ultrapassa os 100 idiomas em sua base de dados, o que garantiu a muitos usuários uma maior acessibilidade a conteúdos de outros países.
Ainda assim, essa plataforma ainda possui algumas limitações.
1 – O Google Tradutor não entende o contexto da palavra a ser traduzida
Uma grande limitação do Google Tradutor é sua incapacidade, por dizer assim, de entender determinadas palavras em determinados contextos regionais. Isso acontece porque a ferramenta utiliza dos sinônimos de maneira direta para desenvolver a tradução de determinada frase.
Nisso, ele acaba não entendendo expressões irônicas, sarcásticas e pode até processar a mesma palavra em diferentes contextos, e isso não significa que em todas essas variações de traduções, ele apresentará frases coerentes.
Isso pode ser frustrante se você estiver aprendendo um idioma ou estiver se sentindo perdido sem entender o que significa determinada expressão.
Por exemplo: “Cross my heart it’s true”. Essa expressão em inglês significa: “Juro por Deus que é verdade”.
No entanto, a tradução do Google devolve:
2 – O Google Tradutor não conjuga os verbos corretamente
A maioria das línguas tem sua própria conjugação verbal e cada uma com suas devidas particularidades. Conseguir dar conta de mais de 100 idiomas não deve ser uma tarefa fácil e essa situação pode ter sido um dos empecilhos para que os programadores do Google Tradutor conseguissem oferecer aos usuários as devidas conjugações nos mais variados tempos verbais.
Em alguns idiomas, como no inglês, as estruturas verbais são mais “simples” e são mais fáceis de serem encontradas na ferramenta. No entanto, no português, temos uma estrutura verbal mais complexa e que ainda é uma barreira para o Google Tradutor.
Talvez essa situação não afete tanto seu uso, mas para quem precisa de uma tradução mais fiel ou corrigir gramaticalmente determinados textos, como um trabalho acadêmico, o tradutor do Google não é uma opção a ser considerada.
3 – Sensibilidade cultural
Devemos entender que vivemos em sociedades e cada uma têm suas próprias nuances linguísticas, o que pode afetar diretamente as traduções oferecidas pelos aplicativos e ferramentas.
Essas traduções são entendidas dentro de determinados contextos naturais, e talvez algumas palavras que possam soar pejorativas, podem ser traduzidas sem censura, o que pode levar a um sério problema de comunicação ou até mesmo ofensas involuntárias.
Foi o caso que ganhou grande repercussão na mídia, quando a ferramenta traduziu “Bro” e “Mano” para “Nigga”, em inglês, que é um termo altamente racista.
4 – Erros gramaticais
A tradução do Google é feita de maneira automatizada. Se por um lado isso é uma vantagem, já que oferece uma resposta rápida, por outro, pode ser um problema, já que a ferramenta precisa “encontrar” a maneira correta para traduzir determinada sentença para o usuário.
Nesse caso, a tradução automática não entende a estrutura frasal ou gramatical, o que pode levar a erros como pontuação incorreta, palavras sem acentuação ou acentuação incorretas, etc.
5 – Tradução padrão
Os usuários têm acesso a uma tradução padrão, que, embora seja eficaz para obter uma compreensão geral de um texto, pode não ser apropriada para contextos mais especializados ou profissionais.
Por exemplo, pode ser viável escolher traduções com linguagem simples para facilitar a compreensão, ou optar por termos mais técnicos para lidar com conteúdos de natureza técnica.
6 – Dificuldade com línguas mais complexas
O Google Tradutor pode enfrentar desafios adicionais ao lidar com idiomas altamente complexos, como o chinês, árabe ou sânscrito. As estruturas linguísticas e os caracteres específicos dessas línguas podem não ser adequadamente processados pelo algoritmo, resultando em traduções potencialmente confusas ou incoerentes.
O que usar no lugar do Google Tradutor?
A resposta é depende. O interessante é sempre tentar aprender determinado idioma, mas se isso não for possível, existem algumas alternativas para você usar para ter traduções mais confiáveis ou próximas à cultura em questão.
Caso você esteja trabalhando em projetos acadêmicos, ter um dicionário à mão é sempre importante, principalmente os mais técnicos, como os voltados para tecnologia, por exemplo. Se isso não for possível, contratar um tradutor especialista em determinada área também é uma solução válida, afinal, é seu trabalho e seu nome que está em jogo.
O Deepl é um tradutor que usa inteligência artificial para realizar traduções. Além de ser bem aceito no meio acadêmico, ele ainda consegue traduzir algumas expressões regionais. Mas lembre-se sempre de essas ferramentas possuem limitações. Use com moderação.
Já o Grammarly consegue fazer com que seu texto se aproxime mais ao natural, a depender de quem receberá sua mensagem. Isso é um fator bastante positivo, porque esse aplicativo consegue detectar o tom, o nível de formalidade e até mesmo o formato de texto.
Para quem quer realmente estudar, o Cambridge Dictionary oferece vários contextos regionais e ainda é possível ouvir a pronúncia das palavras, seja no inglês americano ou britânico.
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