Jussara está em um matrimônio de uma década com um homem que, conforme ela relata, sempre foi um bom companheiro.
Ela entrou na vida conjugal aos 18 anos, uma idade que muitos consideram precoce para tais compromissos. Nesta fase, muitos jovens ainda estão explorando suas identidades e aspirações, e casar-se tão jovem pode restringir o desenvolvimento pessoal e as chances de crescimento.
A maioria dos jovens de 18 anos ainda está estudando, o que significa que podem não ter a estabilidade financeira necessária para lidar com as responsabilidades da vida a dois e colocar a pessoa em situação vulnerável diante de uma parceria provedora. Além disso, ter experiências variadas e conhecer diferentes pessoas ajuda a compreender melhor o que se quer num parceiro de vida, algo que pode ficar limitado.
Por fim, o período da adolescência e os primeiros anos da vida adulta são essenciais para o desenvolvimento de habilidades interpessoais e de comunicação. Casar-se prematuramente pode indicar que não houve tempo adequado para aprender a manejar conflitos de maneira eficaz.
Aos 24 anos, Jussara se encantou por outro homem e iniciou um relacionamento extraconjugal. Ao revelar a situação para o marido, ele reagiu apenas com um sonoro “ok”.
Nasce um trisal
Jussara estranhou a reação de seu marido, mas considerando que o relacionamento estava esfriando, simplesmente aceitou e continuou seu envolvimento com ambos. Em um momento, o amante expressou o desejo de ter um encontro íntimo com ela e o marido ao mesmo tempo.
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Jussara achou que o marido jamais aceitaria, dado seu temperamento reservado. No entanto, após muita insistência do amante, ela decidiu apresentar a ideia. Para sua surpresa, o marido adorou a sugestão.
Quando o trio finalmente se reuniu, o a relação sexual foi, nas palavras de Jussara, excepcional. Ela se sentiu exaltada, uma verdadeira rainha sendo adorada por seus súditos, enquanto todos desfrutavam intensamente do momento e também um do outro.
Se a maturidade pode favorecer a quebra de paradigmas, no campo da sexualidade, a juventude tem lá também a sua vantagem, porque tudo é experiência e cada descoberta faz as pessoas se sentirem muito potentes, descoladas e donas do mundo. Ainda mais em tempos atuais, quando a orientação sexual fluida e as relações não monogâmicas são a pauta da vez.
A surpresa
Após dois anos mantendo relacionamentos com ambos, Jussara descobriu que o marido e o amante já tinham um relacionamento antes dela iniciar seu envolvimento com o amante, revelando um plano pré-estabelecido. Eles haviam arquitetado tudo para experimentar o ménage à trois, uma clara manipulação.
Jussara, profundamente magoada pela descoberta, ameaçou revelar tudo às famílias dos envolvidos, o que causou um grande temor neles.
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Contudo, como ela possui afeição por ambos e eles continuam tratando-a bem, além de expressarem que ela é “a mulher da vida deles” e proporcionarem prazer na relação, ela decidiu manter o segredo e continuar o relacionamento.
Embora afirme que estão felizes, a presença de um “segredo” em sua experiência afetiva semeia desconfiança. Ela questiona se está sendo explorada, o que tem seu fundo de verdade dada a conveniência da situação para os homens.
No entanto, Jussara reconhece sua própria infidelidade inicial e aprecia o arranjo atual, equilibrando desejo e benefício.
Talvez ela tenha consciência de que tem uma ‘carta’ na manga, para manipular seus parceiros, ameaçando contar para todo mundo sobre o desejo homoerótico do seu marido, quando se sentir frustrada, irritada ou excluída. Relações tóxicas têm dessas coisas. Esperemos que a maturidade a ajude.