Mulher decidiu expor sua história para melhor conscientização sobre a amamentação e que outras mulheres não passassem pelo mesmo constrangimento.
Haley Gentle resolveu contar sua experiência para que outras mulheres pudessem se identificar com o que lhe aconteceu.
Também acredita que, quanto mais se falar a respeito, talvez as leis trabalhistas nos Estados Unidos sofram mudanças que beneficiem as mães que precisam voltar ao trabalho depois da licença-maternidade.
Ela contou ao Love What Matters que foi demitida por fornecer nutrição ao seu bebê de menos de dois meses. Ela escolheu amamentá-lo no trabalho em particular, mas sua ação não foi bem-vista pelos empregadores.
Mãe de dois, sua última gestação não foi muito tranquila, porque começou a ter problemas com a pressão arterial, por esse motivo, precisou antecipar sua licença, para poder se cuidar e garantir a saúde do filho. O nascimento do bebê aconteceu de maneira esperada e sem intercorrências, e Haley constantemente mandava fotos adoráveis para os donos da empresa onde trabalhava e para os colegas.
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Todos respondiam com entusiasmo e palavras de apoio e encorajamento, e as coisas pareciam estar boas. A mãe disse que voltar ao trabalho com um bebê tão pequeno não é algo que a maioria das mães costumam querer, mas por causa das contas que precisavam ser pagas, ficar em casa não era uma opção.
Numa consulta de rotina para confirmar a alta para o trabalho, o médico disse que Haley precisava de fisioterapia e pediu que voltasse para o emprego em duas semanas. A empresa em que ela trabalhava pertencia a um casal, e imediatamente comunicou à esposa de seu chefe que, por ordens médicas, precisaria voltar ao trabalho duas semanas depois da data prevista.
Foi nesse momento que Haley teve uma surpresa. Ela recebeu uma curta mensagem, dizendo que entrariam em contato com ela em breve. No outro dia, o proprietário do local enviou um documento para a mãe, dizendo que ela precisava voltar ao trabalho na época combinada ou não seria mais empregada da empresa.
A mensagem ainda dizia que a falta dela estava prejudicando o trabalho, por isso deveria retornar, caso ainda quisesse o emprego. Haley foi procurar a lei de licença familiar para se assegurar de seus direitos, já que ela estava impossibilitada de voltar por ordens médicas. Mas ignorou a recomendação médica e, como precisava do trabalho, apresentou-se no trabalho na data que pediram.
Ela conversou com o chefe e disse que tinha um dispositivo viva-voz que precisaria levar para o trabalho porque optou por amamentar seu filho, mas que isso não a impediria de trabalhar e que ordenharia seu leite longe de todos. Dez minutos depois, recebeu uma mensagem dele alegando que teria problema com ela ordenhando leite no trabalho.
Haley propôs uma solução, que seria fazer duas pausas de 20 minutos, não remuneradas, para alimentar seu filho. E foi o que ela fez. Em menos de uma hora, seu chefe a dispensou, dizendo que seu trabalho naquela empresa havia terminado.
Por causa de uma escolha natural (alimentar o próprio filho), ela foi demitida, e isso a fez procurar seus direitos e outra oportunidade de emprego, o que logo surgiu. Dois dias depois de ser despedida, recebeu mensagem dos donos da empresa chamando-a de volta.
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Haley disse que possivelmente ficaram com medo que ela entrasse na justiça. A mãe não aceitou, pois não voltaria a trabalhar num local que lhe viraram as costas e que claramente não apoiam mães.
Ela conclui seu relato dizendo que nenhuma mãe deveria ser demitida por cuidar da sobrevivência de um filho, por isso quis compartilhar sua história e espera que isso cause impacto nas pessoas e que seja uma voz para todas as mulheres que amamentam.