A mulher sofreu prejuízos devido aos atos de vandalismos cometidos por bolsonaristas radicais. Entenda!
Desde a vitória de Lula nas eleições de 2022, brasileiros que apoiam Jair Bolsonaro tem realizado atos de protesto em todo o país. Essas manifestações, que nem sempre acontecem de forma pacífica, em alguns momentos podem acabar causando prejuízo para a população. Esse é o caso de uma brasiliense, que teve seu carro incendiado.
A maquiadora Gabriela Braga foi uma das vítimas dos atos de vandalismo cometidos por bolsonaristas radicais no centro de Brasília, na noite da última segunda-feira (12). No automóvel que foi queimado, estava a maior parte de seu equipamento de trabalho. Em uma entrevista ao G1, ela disse que se tratou de um verdadeiro desespero, e que ninguém imagina que passará por uma situação como essa.
Gabriela contou ao G1 que, no dia do acontecido, havia realizado atendimentos na Asa Sul, e que parou para jantar em um restaurante do Setor Hoteleiro Norte, um dos locais por onde passam os bolsonaristas que não aceitam a derrota do atual presidente.
Depois de tentar invadir a sede da Polícia Federal, o grupo de vândalos ateou fogo em oito veículos, entre carros e ônibus, depredou delegacia, quebrou vidros, fechou vias e furtou botijões de gás de um posto de combustíveis.
A maquiadora conta que testemunhou toda a ação, mas sem poder fazer nada. Segundo ela, o grupo começou arrancando as placas dos carros, e em seguida queimaram um ônibus, atearam fogo em um carro que estava no posto de gasolina ao lado e, em seguida, em seu carro. Ela também contou que eles jogaram pedras nos hotéis.
Recomeço e vaquinha
O incidente afetou a vida de Gabriela em todos os níveis. Afinal, o carro é essencial para que ela possa fazer os seus atendimentos. A maquiadora mora na região de Sobradinho, mas a maioria das suas clientes é do Plano Piloto, longe cerca de 25 quilômetros.
Mãe solo de duas crianças, o carro também era fundamental para que essa pudesse se locomover com os filhos, que estudam longe de casa. Após ter testemunhado o ato de vandalismo sem poder fazer algo a respeito, agora Gabriela está tentando descobrir como seguirá com a sua vida.
Preocupados com a situação da maquiadora, alguns amigos resolveram criar uma vaquinha online para ajudá-la a obter ajudar para recomeçar, e os resultados foram impressionantes. A meta inicial era de R$50 mil, mas as doações já passam dos R$62 mil;
O Ministério Público, deputados distritais e federais pediram explicações à Polícia Militar e ao governo do DF sobre os acontecidos de segunda-feira, mas até o dia 14 ninguém havia sido punido.
A Secretaria de Segurança do Distrito Federal se comprometeu em identificar e punir os responsáveis pelo vandalismo.
Atos de vandalismo no dia 12/12
O dia 12/12 marcou uma série de atos de vandalismo na capital do país por parte de apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL).
Nas manifestações antidemocráticas que começaram horas após a ocorreram horas após a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), 8 veículos em carros e ônibus foram queimados, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Vestidos de verde e amarelo, os militantes agiram em diversos locais da cidade, como shoppings, postos de combustível e perto do hotel onde o presidente e o vice-presidente diplomados, Lula e Alckmin, estavam hospedados.
Para tentar contar os atos de vandalismo, a Polícia Militar usou bombas de efeito moral e balas de borracha, mas ninguém foi detido;
Júlio Danilo Souza Ferreira, Secretário de Segurança Pública, afirmou que as imagens dos atos de vandalismo estão sendo analisadas para identificar os responsáveis.