Aos 12 anos, a vida dela mudou completamente. Entenda o caso!
Rosalynn McGinnis, de Oklahoma, nos Estados Unidos, tem uma história de vida trágica, passando por situações que existem apenas nos pesadelos da maioria de nós.
De acordo com o Mirror, aos 10 anos, McGinnis começou a ser sexualmente abusada por Henri Michelle Piette, homem que se relacionava com sua mãe. Piette, de 42 anos à época, também agredia a mãe de Rosalynn.
Quando a menina tinha 12 anos, sua mãe finalmente encontrou forças para terminar o relacionamento, mas esse estava longe de ser o “final feliz” que a família tanto aguardava. Na realidade, o pesadelo estava só começando.
Em 31 de janeiro de 1997, Piette, inconformado com o término, quis se vingar. Ele foi à escola de Rosalynn e a sequestrou, sem intenção de devolvê-la à família. Ele se mudou com ela para outra cidade e se casou com a criança em uma falsa cerimônia de casamento para passar a mensagem de que agora ela pertencia a ele.
Disse a Rosalynn que sua mãe não a queria mais e que ela seria dispensada e esquecida. Durante os longos anos que viveu sob o seu domínio, ela continuou sendo abusada pelo ex-padrasto, enquanto percorriam o país fugindo da polícia que os estava procurando.
O homem se esforçou para que ele e Rosalynn ficassem longe dos olhos do público, fazendo com que ela mudasse de nome, cor de cabelo e usasse óculos enquanto vivia em cativeiro.
Rosalynn tinha muito medo do homem, sofria imaginando o que aconteceria com ela, se tentasse fugir, por isso acabou se conformando à aquela vida.
Filhos
Aos 15 anos, ela teve o primeiro filho do seu abusador. A criança seria seguida por mais oito filhos de Piette, que ele desprezava.
Segundo contado, o homem dizia às crianças que eles só estavam vivos por causa de Rosalynn, do contrário “já os teria matado”. A convivência era extremamente abusiva, mas a mulher intervinha para proteger os filhos, se ele tentasse agredi-los. Como consequência, ela apanhava por si mesma e por eles, com objetos como bastão, garrafas de cerveja e pedaços de madeira. As agressões eram tão sérias, que ela vivia precisando de atendimento médico.
Os filhos sabiam que o pai era abusivo, mas não tinham ideia de que a mãe havia sido sequestrada e estava vivendo em cativeiro.
Quando Rosalynn tinha 18 anos, Piette a fez ir a uma delegacia de polícia no Arizona. No entanto, não para se entregar e contar tudo o que se passava, mas para dizer aos policiais que ela havia fugido, para que seu nome fosse retirado do registro nacional de pessoas desaparecidas.
Ele ficou no carro, com os filhos, e lhe disse que se ela não voltasse em duas horas, nunca mais os veria. Assustada com a ameaça, achou que seria melhor simplesmente fazer o que ele estava mandando.
Vida no México
Quando se mudaram para o país vizinho, Rosalynn chegou a ter de mendigar para sobreviver, porque Piette gastou todo o seu dinheiro em drogas e álcool, também fez com que a mulher enviasse cartas para que as pessoas acreditassem que ela ainda estava morando no estado.
Reviravolta na história
No início de 2016, aos 32 anos, ainda sob poder do homem, ela estava fazendo compras com os filhos e começou a conversar com um casal na fila, que percebeu algo errado e que as crianças estavam desnutridas. Além disso, também repararam na diferença de idade entre ela e Piette, que estava com 62 anos.
Ao questionar Rosalynn, descobriram que tinha tido seu primeiro filho aos 15 anos. Na hora de pagar, como ela não tinha valor suficiente, eles se ofereceram a pagar a compra.
Piette percebeu que o casal desconfiou de algo e fez a família mudar de local, mas os estranhos não estavam dispostos a esquecer o fato e a rastrearam, afirmando que a ajudariam a sair dessa situação. Na época, eles imaginaram que se tratava de uma relação abusiva, mas não de tudo o que havia acontecido.
Em julho de 2016, Rosalynn se encheu de coragem, reuniu os filhos e fugiu para a casa do casal, onde lhe contou toda a história. Ambos a ajudaram a encontrar refúgio com as autoridades americanas no México.
Libertada fisicamente, mas ainda cativa na mente, ela resolveu ir a público e contar sua história. Após um ano de busca, Piette foi encontrado em Dallas (EUA). Ele foi preso e acusado, mas insistia que não havia feito nada de errado.
Condenação
Em 2019, o caso finalmente chegou a julgamento, e Piette foi considerado culpado de sequestrar e viajar com a intenção de se envolver em um ato sexual com uma jovem. Em fevereiro de 2020, foi condenado à prisão perpétua por sequestro, com mais 30 anos adicionados pela viagem com intenções sexuais com uma adolescente. Também foi condenado a pagar multa de US$ 50 mil e US$ 50.067 em restituição a Rosalynn.
Libertação
Livre do terror que viveu nos últimos anos, atualmente Rosalynn vive no estado do Missouri, EUA, com seus filhos e, pela primeira vez desde criança, está livre.
Ainda que não possa recuperar os anos perdidos, ela teve a oportunidade de criar uma nova vida.