Uma das principais referências do rock nacional, Rita fala sobre carreira e vida pessoal.
Não há quem negue o sucesso de Rita Lee. A cantora, dona de um visual icônico, consagrou-se como símbolo da indústria fonográfica brasileira ainda na década de 1970, e na atualidade continua sendo uma das artistas mais inspiradoras para várias gerações de performers.
Conforme apurou a revista Quem, Rita foi a artista que mais vendeu discos no Brasil, a mulher com mais hits nas paradas do país e a artista que mais teve seu trabalho usado na abertura de novelas, ou seja, um grande nome de sucesso nacional.
E mesmo com vasta lista de conquistas tremendas, com ouvintes de vários cantos do globo, Rita, aos 74 anos, considera que um de seus luxos é dar amor aos bichos e cuidar da sua horta. A artista preza pela simplicidade e diz até que “fazer economia é chique e ecológico”, ressaltando estar num momento em que não se interessa mais por deslumbres, por ter itens caros e de grife não são prioridade. Ela não quer se “entupir” de coisas materiais que julga não terem sentido.
Rita fala sobre o quanto aprecia estar no seu espaço, com seus animais que, segundo ela, são como entidades com quem divide a vida. A cantora diz que sempre fica comovida quando trata deles, pois se cerca de animais para nunca estar em “carência do divino”.
![“Não tenho deslumbre. Não vou me entupir de coisas materiais sem sentido” — Rita Lee](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/01/2-Nao-tenho-deslumbre.-Nao-vou-me-entupir-de-coisas-materiais-sem-sentido-%E2%80%93-Rita-Lee-363x400.jpg)
A vida de Rita
Mais focada em si, nos seus bichos e na família neste momento, a “Madrinha do Rock” destaca a curiosidade dos fãs sobre o dia a dia, respondendo a eles que compõe e grava suas produções quando se sente à vontade para isso, pois tem o próprio estúdio em casa. Também diz que dedicou seu tempo à produção de um livro, sua tão esperada autobiografia, que lançou no mercado em 2016.
Sobre a experiência de escrever sobre si, a cantora achava que passar pelos pontos altos e baixos de sua trajetória seria algo mais pesado do que de fato foi. Ela lembra que a sensação na produção do livro era positiva, pois percebeu que nada era tão ruim quanto parecia, e colocar tudo no papel lhe proporcionou uma catarse, estado no qual todas as emoções foram liberadas e ela pôde analisá-las sob outro prisma.
Escrever ajudou Rita a se libertar. Ela compara a situação com a crença popular de que antes de morrermos um “filme” da nossa vida passa diante de nossos olhos. Com sua biografia, ela pôde olhar sua vida de fora, mas com a diferença de que ainda estava viva, ela brincou.
E hoje, com cabelos brancos, rugas, entre outras marcas do tempo, e se tratando contra um câncer, apesar das adversidades, Rita diz gostar dessa versão, da mulher que se tornou depois da caminhada estrelada e que ainda tem muito a percorrer.
Para a cantora, a Rita atual é alguém que lhe parece muito mais familiar; ela sente que sempre foi essa pessoa, mas somente agora está pronta para vivê-la plenamente. Mas quando sente saudade de quem já foi, confessa que se pega voltando ao passado, visitando suas versões criança, adolescente, grávida, pois já foi “muitas mulheres”, algumas de quem desgostava e outras que sempre guardará no peito, com carinho.
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Vida longa à rainha do rock nacional! Vida longa a Rita Lee!