Todos nós necessitamos de amor e conexão. Porém, algumas pessoas estão muito focadas em si mesmas e não dão valor ou atenção para aqueles que estão ao seu redor e, realmente, investem na relação.
Como resultado, essas pessoas, que se sentem abandonadas, desenvolvem negligência emocional.
A negligência emocional pode existir em todos os tipos de relacionamento, mas é mais séria quando é entre pais e filhos. Nesses casos, os filhos, que geralmente são crianças, não têm outra opção além de contar com seus pais para a própria sobrevivência. Quando a criança sofre com negligência emocional, pode, mesmo depois de adulta, ficar presa na infância, buscando maneiras de preencher o vazio dentro de si mesma com amor. Essa situação tem várias consequências como dificuldades de se relacionar com outras pessoas e até mesmo vícios.
Cada
tipo de pai pode causar uma negligência emocional diferente em seus filhos.
Abaixo estão os 6 tipos de pais que despertam esse sentimento em seus filhos:
1. Pais autoritários
Esses são os clássicos pais que querem que seus filhos façam apenas suas vontades e não permitem que se abram sobre seus sentimentos e opiniões. Essas pessoas, provavelmente, viveram de forma dura, e por isso não permitem que outras pessoas tenham uma vida mais tranquila, nem mesmo os próprios filhos.
Eles desejam exercer poder igual ao que foram submetidos como uma maneira de encontrarem alívio, e por isso fazem o mesmo com seus filhos. O resultado desse comportamento será filhos extremamente submissos e infelizes ou rebeldes e que não aceitam regras.
Os filhos de pais autoritários sentem que não conseguem encontrar sua própria liberdade dentro das limitações existentes na sociedade.
2. Pais permissivos
Esses pais são o oposto dos pais autoritários, mas não de uma maneira saudável. Eles, muitas veze, estão alheios às vidas dos filhos. Não perguntam sobre seu dia, não dão opiniões, não questionam suas atitudes, necessidades. Não se interessam em conhecer suas paixões, não estimulam e nem orientam seus filhos sobre a vida.
Geralmente, os pais permissivos tendem a evitar conflitos, por isso preferem deixar que seus filhos tomem as próprias decisões do que assumir a responsabilidade por sua criação e desenvolvimento de caráter. Os filhos de pais autoritários têm dificuldade em aceitar e definir limites em todas as áreas da vida, e há estudos que mostram que a extrema permissividade resulta em adolescentes com comportamento ruim e incapazes de defender um ponto de vista, sem mostrar emoções negativas.
Esses filhos sofrem com a falta de disciplina e dificuldade de aceitação de autoridade.
3. Pais narcisistas
Para os pais narcisistas, o mundo gira ao seu redor. Por isso estão mais preocupados consigo mesmo e suas necessidades do que com seus filhos. Eles não mostram empatia, e se algo na personalidade ou comportamento dos filhos não atender suas expectativas, eles desaprovam com dureza e falta de cuidado.
Os narcisistas são pessoas que não se aceitam, e por isso buscam a aprovação fora de si mesmas. Só mantêm relacionamentos com pessoas que os façam sentir bem sobre si mesmos. Fazem seus filhos viverem a vida que eles mesmos determinam e se ofendem quando suas expectativas não são alcançadas. Pais narcisistas criam filhos que não sabem identificar suas necessidades, são desconectados de emoções e que se não se sentem merecedores de cuidado.
O principal vazio na vida dessas crianças é causado pela incapacidade de se aceitarem e amarem como são.
4. Pais perfeccionistas
Esses pais conservam uma perspectiva irrealista e não estão satisfeitos, a menos que seus filhos sejam perfeitos, o que nunca acontecerá. Se os seus filhos não são os melhores em tudo o que fazem, eles ficam infelizes. Ao invés de amarem e cuidarem de seus filhos, aceitando-os como são, eles querem eles sejam mostrados como um troféu.
Perfeccionistas são incapazes de aceitar as próprias falhas e também as dos outros. Eles acreditam que não são bons o suficiente, e que, por isso, seus filhos precisam ser perfeitos para suprirem e saciarem sua sede de perfeição. Os seus filhos também se tornam perfeccionistas e definem expectativas muito altas para si mesmos, o que proporciona tristeza e baixa autoestima, quando não conseguem superá-las. Tornam-se adultos estressados e com dificuldades em estabelecer relacionamentos íntimos e aceitar críticas.
O principal problema dessas crianças é que nunca acreditam que são boas o suficiente.
5. Pais ausentes
Os pais ausentes, como o nome já diz, não estiveram presentes no crescimento e desenvolvimento de seus filhos, por diversos motivos, trabalho, relacionamentos, divórcio, entre outros.
Criar seus filhos não é prioridade para esse tipo de pais. Mesmo quando estão fisicamente presentes, sua mente e sentimentos estão vagando por outros lugares e realmente gostariam de estar em outros lugares, cuidando de suas próprias coisas. Os filhos de pais ausentes se tornam pessoas muito responsáveis e que se encarregam de tomar conta de si mesmas e lidar com suas próprias vidas, sem ajuda. São crianças que amadurecem cedo e, muitas vezes, perdem os momentos de diversão.
O vazio na vida dessas crianças é a separação de sua criança interna.
6. Pais controladores
Esses pais acham que sem sua presença ninguém pode viver de forma feliz e saudável, e que têm que estar sempre no controle. Por conta disso, não acreditam em seus filhos, e é extremamente difícil permitirem que tomem decisões por conta própria.
Pessoas controladoras não têm fé e confiança em si mesmas, quanto mais naqueles ao seu redor. Por mais que sejam inseguras, ainda acreditam que são mais responsáveis do que os outros, então, acham que, sem elas, todos estão perdidos. Seus filhos são crianças sem autoestima e que, geralmente, crescem solitárias e sem autoconfiança.
O principal vazio nessas crianças é a falta de fé em si mesmas e, consequentemente, a ausência de autoconfiança.
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