O menino de 14 anos, e a mãe, foram abordados pelos seguranças do supermercado, quando saíram do estabelecimento sem pagar pelos produtos que haviam guardado dentro de uma bolsa.
Passar necessidades e chegar a cogitar cometer um crime para conseguir melhorar a condição de vida, não é algo que todos costumam passar. Em muitos casos, as pessoas, mesmo sendo humildes, não acreditam que um roubo ou furto seja capaz de mudar a realidade em que vivem, e optam por seguir uma existência honesta.
Mas, em outros casos, dependendo do indivíduo e do tamanho do desespero que ele esteja, ele pensa sim em como poder melhorar aquela situação de forma rápida.
São várias as notícias, principalmente em meio à pandemia, de mães e pais que furtam produtos de mercados e acabam presos. Em busca de uma alimentação, qualquer que seja, para seus filhos, que estão em casa passando fome, esses genitores acabam se envolvendo em atitudes consideradas fora da lei, e precisando responder por crimes que envolvem apenas tentar matar a fome de uma criança.
Em Poços de Caldas, interior de Minas Gerais, um caso similar aconteceu, mas a responsável não roubou produtos para se alimentar, e, sim, para vender. Os preços dos alimentos andam tão caros, que uma mulher de 36 anos, e seu filho, de 14 anos, furtaram peças de picanha em um supermercado do município, com o intuito de vendê-las e usar o dinheiro para alugar uma casa.
Segundo reportagem do G1, a mulher e o filho entraram no estabelecimento na tarde do dia 26, segunda-feira, quando decidiram pegar algumas peças de carne na seção de frios. Ela dividiu os produtos com o menor, e os dois saíram andando pelo local, enquanto iam guardando, um a um, dentro de uma bolsa.
Um dos seguranças viu nas imagens das câmeras o momento em que os dois guardaram os produtos, para, em seguida, sair do supermercado sem pagar nada. Assim que estavam na parte de fora, os seguranças abordaram a mãe e o filho, perguntando sobre as peças que haviam acabado de furtar. Em seguida, eles foram levados até uma sala, onde ficaram aguardando até a Polícia Militar chegar.
Os agentes da polícia informaram que a mulher queria vender as peças de picanha para usar o dinheiro e alugar uma residência. O furto, segundo a responsável, não tinha a intenção de causar prejuízo a ninguém, ela apenas gostaria de ter um teto para conseguir se estabelecer com o menino, menor de idade.
Além de 18 peças de picanha lacradas, os policiais ainda acharam uma caixa de chocolate e uma lata de leite em pó. A mãe foi presa e o filho apreendido, ambos encaminhados para a delegacia.