A parlamentar apresentou uma lista de 25 alvos das ações que articula com seus advogados. O documento inclui o ministro do GSI, Augusto Heleno, o deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), a atriz Antônia Fontenelle, o cantor Roger, da banda Ultraje a Rigor, o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie, além de youtubers bolsonaristas e anônimos que entraram nos perfis de Joice para ofendê-la. As principais acusações são de injúria e difamação contra a parlamentar.
Como informou o colunista Ancelmo Góes, a defesa de Joice já apresentou uma queixa feita da deputada contra o senador Styvenson Valentim (RN-Podemos).
O crime que essa gente comete na internet é tão cruel e sórdido quanto a violência física. Eles querem espancar a alma. Querem matar reputações. Querem levar à depressão, à desistência. Essa gangue que de maneira dolosa monta e espalha farsas na internet precisa ser punida. São criminosos que se aproveitam de um momento em que estou toda machucada, com fraturas pelo corpo para, em cima disso, cometer violência política pelo simples fato de eu ser mulher. Acionarei todos na justiça, levarei à polícia e ao Ministério Público – afirmou Joice à coluna.
Os ataques começaram após a deputada dar uma entrevista, na qual mostrou várias fraturas pelo seu corpo e afirmou que acreditava ter sido “vítima de um atentado”. Na ocasião, ela relatou que acordou em uma “poça de sangue”, depois de um lapso de memória de sete horas.
As imagens do prédio onde Joice mora e que foram colhidas pela investigação da Polícia Legislativa não mostraram suspeitos entrando no local no dia do ocorrido. A Polícia Civil também apura o caso.
A versão da deputada passou a ser contestada nas redes sociais, em especial por apoiadores do presidente Bolsonaro. Parte dos alvos que serão acionados por Joice fizeram diferentes acusações à parlamentar que vão desde a hipótese de ela estar sob efeitos de álcool e drogas até ter sido supostamente agredida pelo marido. Joice rechaça todas essas versões.
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O crime não deixa de ser crime porque acontece na internet. Pelo contrário, é potencializado pela propagação das mentiras. Isso só vai parar quando esse tipo de criminoso que usa como arma as redes sociais for preso. E tenho até um projeto de lei para isso. – disse ela.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.