Os advogados da professora Monique Medeiros, presa acusada da morte do filho, Henry Borel, de 4 anos, pediram à Justiça que ela tenha uma consulta com o psicólogo Nei Carneiro Baptista para a realização de “laudo processual técnico”.
O pai do garoto, o engenheiro Leniel Borel, que é assistente de acusação, no entanto, coloca o pedido em xeque.
“Não sabemos direito o porquê desse pedido. Mas estive com a Monique 10 anos e sei que louca ela não é. Então, se querem um atendimento psicológico para saber o que ela está passando, que seja feito pelos profissionais do sistema penitenciário”, afirmou Leniel.
No pedido da defesa de Monique à Justiça, eles solicitam acesso do psicólogo à unidade para “que o mesmo possa consultar/atendê-la, no sentido de realização do Laudo Processual Técnico”. E acrescentam que “a defesa informa que por duas vezes encaminhou e-mail diretamente à unidade prisional em que a acusada está custodiada, e, até a presente data não houve qualquer retorno”.
No processo, os advogados de Leniel sustentam que “inexiste no processo penal a figura de ‘Laudo Processual Técnico’ de modo que a ‘produção’ probatória a que se refere a acusada nem sequer possui fundamento legal”. Eles defenderam ainda que “ademais, desconhece-se qualquer dúvida acerca de eventual capacidade mental de Monique”.
Antes de decidir sobre o caso, a juíza Elizabeth Louro Machado encaminhou o pedido ao Ministério Público para que o promotor se manifeste. Monique está presa desde 8 de abril e atualmente custodiada no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, zona norte.
A mãe do menino e o ex-companheiro, o vereador cassado e médico Jairo Souza Santos Júnior, foram presos em 8 de abril acusados da morte do garoto. A primeira audiência de julgamento está marcada para 6 de outubro, às 9h30, no 2º Tribunal do Júri. Jairinho vai participar da sessão por videoconferência.
Procurado, um dos advogados de Monique, Thiago Minagé, não retornou até a publicação desta reportagem.