E se fosse possível aprender técnicas para mandar bem na cama? A ‘Conselhos de Afrodite’ está ensinando exatamente isso no TikTok. A fisioterapeuta Andrezza Cochiarella, 27 anos, faz sucesso com seus treinos que ensinam mulheres a… sentar — no sentido menos literal da palavra.
Vale traduzir para quem não entendeu: a fisioterapeuta ensina técnicas de corpo, rebolado, postura e posição para a hora do sexo. E em seus vídeos virais, o foco está no prazer e conforto femininos durante as relações sexuais.
E muita gente está interessada em aprender. Ela, que tem a página há três meses, acumula mais de 900 mil e muitas visualizações: um de seus vídeos foi visto mais de 43 milhões de vezes. Andrezza ensina exercícios para preparar o corpo e criar resistência para a hora H.
Atualmente, ela faz uma pós-graduação em sexualidade e não tem medo algum de abraçar sua sensualidade.
“Sempre gostei de ser sensual, de me vestir como gosto, postar a foto que gosto e sempre ouvi coisas sobre isso e, quando vinha de mulheres, eu pensava: ‘Poxa, ela não estaria falando isso de mim se tivesse a liberdade que eu tenho'”, diz ela, que conta ter tido uma educação cheia de liberdade, o que contribui para ajudar outras mulheres.
Além dos vídeos, Andrezza oferece processos de mentoria com prática e teoria para as mulheres que querem dar aquela turbinada extra na vida sexual. Tudo acontece de forma remota e também ao vivo. Só mulheres são aceitas e a fisioterapeuta faz um trabalho de acolhida das alunas, troca experiências e ajuda cada uma a mudar o caminho da própria história sexual.
“O feedback que estou tendo dessas alunas é muito gratificante, muita gente se descobrindo ou se encontrando”, conta.
Mais do que técnicas de sexo, ela tem um propósito de melhorar a vida sexual e colocar as mulheres no comando do próprio prazer. Em seus vídeos, também aborda temas psicológicos e emocionais que afetam o sexo.
Machismo no caminho
Por conta de seu trabalho, Andrezza conta que recebeu muitas abordagens desagradáveis por parte de alguns homens, o que a fez restringir sua conta de Instagram apenas para mulheres, que são o seu público.
Ela não tolera atitudes invasivas e abusos e denuncia sempre que vê comentários impróprios contra ela ou contra suas alunas e seguidoras.
“Nos meus vídeos, tem gente que vem e pergunta: ‘Está ensinando a sentar, mas sabe ensinar a lavar uma louça, a fazer um feijão?’ Tem gente que prefere dar hate (ódio, tradução livre). Desnecessário. Poderiam estar extraindo alguma coisa”, diz.