A companhia aérea alegou que não poderia comportar a mulher no voo, mesmo ela tendo uma passagem comprada para aquele voo.
Um advogado de alto escalão afirmou que sua família foi removida de um voo depois que negaram acesso a babá que viajava com eles à classe executiva. A entrada da mulher foi proibida pela própria tripulação de cabine da aeronave.
De acordo com o portal de notícias internacional Mirror, Charles Banner, um advogado de 41 anos, seus dois filhos, a esposa e a babá foram escoltados pela polícia para fora do avião da empresa British Airways, no aeroporto de Heathrow.
Banner contou que pagou pelas passagens da classe executiva para todos, incluindo a babá, no entanto, foi informado no portão de embarque que ela havia sido rebaixada para a classe econômica, pois o voo foi vendido em excesso. Esta prática também pode ser chamada de “overbooking” e não é permitida.
O advogado disse que os funcionários do avião foram rudes com ele quando perguntou se a babá da família poderia se mudar para a classe executiva, já que ele e sua esposa queriam trabalhar no voo para Turim, na Itália.
Ele disse que um dos tripulantes até lhe disse, com indelicadeza, “bem que você gostaria”.
- Notícias: Corpos de jovens de 17 e 20 anos são encontrados em carro no RJ; adolescente estava desaparecida
O avião foi impedido de levantar voo enquanto o debate continuava e o piloto finalmente insistiu que a família fosse removida do voo, que estava atrasado.
Revoltado, Banner disse que se a British Airways tivesse lhe dito que a babá não poderia sentar junto da família, mesmo tendo a passagem certa para isso, ele não teria pegado aquele voo ou preferiria embarcar em outro horário. Mas a empresa apenas comunicou isto quando já estavam na aeronave, o que para o advogado foi uma falta de respeito.
O homem comentou que, mesmo decepcionado com a situação, ele permaneceu calmo enquanto tentava resolver a questão com a tripulação, pois era a coisa certa a se fazer. Mas mesmo assim, ele sentiu que a atitude dos funcionários da empresa aérea era muito negativa com ele e sua família.
Banner disse que a situação toda foi muito desagradável e perturbadora para os envolvidos e que foi um contraste com os mais de 15 anos voando com essa mesma companhia aérea, que até aquele momento tinha lhe proporcionado apenas situações boas.
O homem ainda relatou que, durante toda a discussão sobre a babá não poder acompanhar a família na executiva por falta de espaço, havia um assento vago perto dele naquela parte do avião. Ele chegou a questionar a equipe da British Airways sobre a possibilidade de a babá viajar sentada ali, mas eles negaram que seria possível.
O advogado acrescentou que a tripulação da cabine lhe ofereceu uma compensação, mas não explicou por que eles não podiam usar o assento. Ele então informou aos trabalhadores da BA que havia feito uma reclamação oficial sobre a dor de cabeça gerada pela situação e a falta de educação e preparo com que lidaram com o ocorrido.
Banner agora está exigindo um pedido de desculpas completo e um reembolso em dinheiro pelo incidente, que lhe custou cerca de £ 4.000, o equivalente a mais de 28 mil reais.
O advogado, que prometeu nunca mais voar com a BA, já recebeu duas desculpas verbais da empresa, mas nada da compensação financeira pelo transtorno, ainda.
Um porta-voz da British Airways disse ao Mirror que a empresa não tolera comportamentos inadequados nos voos, como discussões, e que a segurança dos passageiros e da equipe é sua maior prioridade.
Charles Banner é um dos principais advogados do Reino Unido na área de planejamento e compras públicas, por isso, o caso caiu no conhecimento do público. Agora todos aguardam a retratação da companhia aérea e o desfecho do caso.