A família tentava escapar em dois carros, quando acabou sendo surpreendida por tropas russas, que dispararam contra o veículo.
A guerra na Ucrânia tem feito vítimas dos dois lados, tanto de civis, quanto de militares que estão investindo contra o território. Não apenas adultos e pessoas envolvidas nos conflitos têm perdido a vida, mas muitas crianças tem entrado nas estatísticas, revelando uma das piores faces da guerra, a morte de inocentes em áreas de conflito.
Segundo reportagem da BBC, o comissário de direitos humanos da Ucrânia disse o número de civis mortos estava em 210, incluindo crianças, quantidade que, provavelmente, aumentou nos últimos dias. Os tabloides internacionais têm mostrado com frequência as histórias de famílias inteiras e crianças que foram assassinadas, vítimas de soldados russos, explosões ou tiroteio.
Alisa Hlans, de sete anos, morreu em um ataque a um jardim de infância, que vitimou outras cinco pessoas no segundo dia de invasão russa em Okhtyrka, uma hora de carro de uma das fronteiras ucranianas. Em apenas três meses, ela completaria oito anos, mas foi ferida fatalmente no ataque, e Irina Venediktova, procuradora-geral, foi quem deu a informação de que ela morreu a caminho do hospital.
Um dos casos mais comentados no país tem sido a morte de cinco membros da mesma família, no Sul da Ucrânia, logo no primeiro dia da guerra. As tropas russas estavam avançando em direção à cidade de Kherson, na Península de Crimeia, território que já tinha sido tomado pela Rússia oito anos atrás. As circunstâncias não ficaram claras, mas Yevhen Zhukov, chefe da polícia de patrulha da Ucrânia informou que envolvia a família de um colega oficial.
Oleg Fedko decidiu levar sua família para longe, mas como estava de plantão em Kherson, seu pai, também chamado de Oleg Fedko, foi até lá para ajudar e a família acabou partindo em dois carros. Denis, irmão do policial, afirmou que estava conversando com a mãe quando ela começou a gritar que tinham crianças no carro, foi quando ele ouviu os barulhos dos tiros.
Os dois avós das crianças, ambos com 56 anos, morreram, junto com a esposa de Oleg, Irina, e seus dois filhos, Sofia, de seis anos, e Ivan, que tinha apenas algumas semanas. As mortes aconteceram perto de Nova Kakhovka, nos arredores de Kherson, e chocou a população ucraniana, que tem lidado diariamente com casos similares.
Outros casos
Além de Sofia e o pequeno Ivan, outras crianças morreram com o avanço das tropas russas, uma delas chamada Polina, que estava no último ano do primário, em Kiev. As autoridades locais informaram que ela e seus pais foram mortos por um grupo russo de sabotagem e reconhecimento, enquanto estavam em uma rua que ficava a noroeste da capital.
![Mãe, avós e duas crianças são atingidas por disparos e morrem enquanto tentavam fugir na Ucrânia](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/03/2-Mae-avos-e-duas-criancas-sao-atingidas-por-disparos-e-morrem-enquanto-tentavam-fugir-na-Ucrania-400x225.jpg.webp)
Além de Polina, seu irmão Seymon e a irmã Sofia também estavam no local. Polina morreu na hora, o irmão foi levado para um hospital infantil, mas não resistiu depois de 72 horas, e Sofia segue em terapia intensiva, segundo informações da BBC. Em cerca de três dias, quase toda a família morreu.
![Mãe, avós e duas crianças são atingidas por disparos e morrem enquanto tentavam fugir na Ucrânia](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/03/3-Mae-avos-e-duas-criancas-sao-atingidas-por-disparos-e-morrem-enquanto-tentavam-fugir-na-Ucrania-400x400.jpg.webp)
A maioria dos civis ainda não foi identificada pelas autoridades, que esperam resolver a questão o quanto antes. Mas outro caso angustiante foi o de um menino que perdeu a vida quando um bloco de apartamentos foi bombardeado no nordeste do país, no segundo dia de invasão Russa.
Na cidade portuária de Mauripol, duas aldeias de gregos foram atingidas por ataques aéreos, matando 10 civis. O primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, falou sobre a frustração e a tristeza pela morte dos moradores, na Grécia a indignação tomou conta da população, e o ministro de Relações Exteriores acabou fazendo um protesto ao embaixador russo no país.