Menino seguia em estado grave em João Pessoa, capital da Paraíba, mas sua morte foi decretada na noite do dia 8 por morte encefálica.
O cuidado infantil demanda tempo, atenção e uma série de outras necessidades que exigem que os cuidadores estejam atentos. Segundo informações do jornal da Universidade de São Paulo (USP), os acidentes domésticos são a principal causa dos óbitos de crianças e adolescentes de um a 14 anos, e 90% poderiam ser evitados.
É necessário que adaptações sejam feitas para que os ambientes sejam favoráveis a uma criação segura, evitando que as crianças tenham contato com remédios, produtos de limpeza, além da correta instalação de móveis. Dados do Ministério da Saúde mostram que de 2019 a 2020, o número de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) de crianças vítimas de acidentes domésticos aumentou 112%.
Essa precaução vale não apenas para a residência, como para qualquer outro ambiente que receba crianças com frequência. Acidentes como o que aconteceu em João Pessoa, na Paraíba, no dia 7 de março, mostram que as crianças precisam de acompanhamento constante, a fim de evitar que acabem sofrendo qualquer tipo de acidente.
Segundo reportagem do G1, uma criança de apenas nove anos em João Pessoa, broncoaspirou uma bexiga, o que fez com que precisasse ser levada ao Hospital de Emergência e Trauma da cidade. Na noite do dia 8 de março, a equipe médica fechou o protocolo de morte encefálica do menino que tinha autismo e estava em uma clínica para acompanhamento.
O nome da criança e da família foi preservado para evitar exposição, mas ele sofreu três paradas cardíacas, sendo que duas ainda durante o socorro prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) – e manteve-se em estado grave durante a estadia na unidade de saúde.
A família do menino de nove anos que morreu após se engasgar com uma bola de sopro optou por registrar um Boletim de Ocorrência. O menino estava em uma clínica onde fazia um tratamento semanalmente, quando se engasgou com a bexiga. De acordo com o delegado Pedro Ivo, foram solicitadas imagens de câmeras de segurança do local para apurar o que aconteceu.
A clínica de desenvolvimento Sentidos, onde a criança estava quando se engasgou, divulgou uma nota nas redes sociais. O comunicado alega que os profissionais do local são treinados para atender os pacientes da maneira adequada. A clínica informou, ainda, que o menino era paciente há dois anos e que o ocorrido teria sido um acidente lamentável.
O local se solidarizou com a família e afirmou que irá manter o anonimato dos envolvidos em respeito. Em nota no Instagram, a clínica informou que o menino esperava para ser buscado pelos pais em uma sala de espera, acompanhado por um integrante da equipe, quando tomou uma bexiga da mão do profissional “de forma arrebatadora” e a colocou na boca, ocasionando o engasgo.
Segundo o delegado, a família informou no boletim que a criança tinha sido deixada na clínica para o tratamento. Em determinado momento, eles receberam uma ligação do estabelecimento informando que o menino teria se engasgado com uma bola de sopro acidentalmente.
A criança foi socorrida pelo Samu para o Hospital de Trauma de João Pessoa e teve três paradas cardíacas. Na tarde do dia 8, um protocolo para investigar a morte encefálica do menino foi aberto. Foram realizados testes para saber se o paciente apresentava alguma resposta, antes de confirmar a morte cerebral. Depois da confirmação da morte, a família optou por doar os órgãos.