A cantora já precisou cancelar apresentações por conta dos grandes desconfortos que a doença lhe causa.
A cantora Lady Gaga lida com a dor crônica como uma constante em sua vida e está já expressou várias vezes seu descontentamento com as pessoas que julgam essa dor como sendo algo irreal.
Na edição de outubro de 2018 da revista Vogue, a pop star revelou um pouco mais sobre sua luta contra a fibromialgia, uma condição que afeta o sistema nervoso e causa dor em todo o corpo. Na entrevista, Gaga falou sobre sua irritação com as pessoas que não acreditam que a doença que lhe atinge é real, pois para ela e tantas pessoas que passam por isso, não somente é real como é intenso. A cantora descreveu sua experiência com a doença como um ciclone de emoções, misturando ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, transtorno do pânico e muito mais que sobrecarrega seu sistema nervoso, causando mais dores ainda.
Gaga acredita que as pessoas precisam ser mais solidárias com quem sofre dessa doença, visto que a dor crônica não é uma brincadeira. Para a cantora, viver com a doença é como acordar todos os dias sem saber como irá se sentir.
Conhecida pelo nome de Lady Gaga, mas batizada como Stefani Germanotta, revelou que sofria com a condição debilitante no ano de 2018, pouco tempo antes da estreia de seu documentário na Netflix – Gaga: Five Foot Two.
Na época da estreia do longa, ela postou em suas redes sociais que gostaria que o filme aumentasse a conscientização sobre a fibromialgia e que pudesse ser uma ponte de conexão para as pessoas que a tem.
Gaga já passou por dores crônicas tão intensas que precisou até mesmo cancelar apresentações por todo o globo. Em 2017, ela foi hospitalizada por conta das fortes dores e cancelou todos os shows que tinha pela frente, incluindo sua vinda ao Brasil para a edição daquele ano do festival Rock in Rio, que deixou os seus fãs brasileiros devastados com a notícia.
O que é fibromialgia?
A fibromialgia é uma condição na qual as pessoas sentem dor crônica em seus músculos e tendões, muitas vezes junto com outros sintomas como problemas de sono, dores de cabeça, distúrbios de humor, disfunção cognitiva, síndrome do intestino irritável e enxaquecas. Mesmo que ela se manifeste de maneira única para cada paciente, a fibromialgia tem algo em comum para todos: a dor intensa e constante.
Atualmente não há cura para a fibromialgia, mas os sintomas podem ser controlados através do tratamento, que podem incluir medicamentos, mas a maioria dos pacientes controla sua doença com técnicas autogeridas, incluindo um estilo de vida saudável, sono adequado e minimização do estresse.
De acordo com informações da Global News, a intervenção mais bem-sucedida inclui uma programa de atividades físicas regulares e que sejam confortáveis para o paciente. Caso o paciente precise de medicação, é importante que o médico responsável saiba controlar a dosagem dos analgésicos, para que eles atuem apenas para diminuir a dor e não para agravá-la.
A maioria das medicações receitadas para casos de fibromialgia ainda tem uma série de efeitos colaterais, muitos deles inclusive que se assemelham aos sintomas da própria doença. Por isso é preciso o cuidado na prescrição dos remédios. Por isso, os medicamentos usados nestes casos devem ser específicos para o que causa mais incômodo no paciente.
De acordo com informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, existem cerca de 120 milhões de pessoas que sofrem com fibromialgia no mundo, das quais 4 milhões destas, entre homens e mulheres de todas as idades, estão localizadas no Brasil.