Viver em um país em crise e emergência humanitária, infelizmente, é um dos casos mais difíceis que uma família pode enfrentar.
Com a crise na Venezuela, muitas famílias tiveram que sair do seu próprio país para tentar uma nova oportunidade em outro lugar, mesmo com as dificuldades que isso poderia gerar. Ao começar um empreendimento do zero, longe de casa, sem recursos e sem ter conhecimento aprofundado na cultura do país, é extremamente desafiador, porém, com muita força de vontade as chances de melhores condições de vida podem ser grandes comparada a atual.
Assim, cheio de esperança, várias famílias partiram rumo à novas oportunidades, como foi o caso do casal de venezuelanos Campos Pacheco, que após as dificuldades vividas no seu país de origem, resolveram se mudar para uma vida cheia de expectativas em Santiago, no Chile, país que poderia oferecer grandes feitos a eles.
Os primeiros anos no Chile não foram fáceis, mas mesmo com as dificuldades e a baixa expectativa, o casal venezuelano nunca desistiu, pois sonhavam em abrir a própria padaria e melhorar as condições de vida da família. Segundo Jose Gregorio, em publicação no Instagram: “Nossas expectativas eram muito diferentes da realidade, pois quando chegamos ao Chile nos deparamos com circunstâncias difíceis que fizeram com que cada um de nós se tornasse independente para gerar dinheiro e assim nos mantemos, pois não contávamos com que grande parte de nossas economias iria desaparecer.”
![Casal de imigrantes que vendia doces em metrô, realiza sonho e abre sua padaria!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/Captura-de-Pantalla-2022-04-06-a-las-16.39.11-1.jpg)
Com a cultura venezuelana enraizada na família e o amor e conhecimento prévio na fabricação de quitutes e quitandas, eles viram a oportunidade perfeita para investir na gastronomia de seu país, no Chile. De acordo ainda com Jose Gregorio, em publicação no Instagram: “Depois de um tempo, com a explosão social, parte do grupo familiar perdeu o emprego, então resolvemos vender Cachitos e Golfeados no Metrô. Todos os dias às 6h30.”
Foi assim que a jornada do casal começou do zero, nos metrôs da capital chilena, com as vendas de doces típicos da Venezuela. Os doces eram tão bons, que eles conseguiram fidelizar muitos clientes e pedidos cada vez maiores começaram a chegar até eles, para reuniões e festas. Com muita garra, o casal melhorou sua situação financeira gradualmente e iniciaram o projeto para abrir a “Golfeado Manía”, a padaria dos sonhos deles.
![Casal de imigrantes que vendia doces em metrô, realiza sonho e abre sua padaria!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/Captura-de-Pantalla-2022-04-06-a-las-16.24.22-1.jpg)
Para o casal, era uma honra poder ver pratos típicos do seu país serem acolhidos com tanto prazer pelos chilenos e ainda poder construir seu próprio negócio, do qual eles amavam. Após a inauguração da tão sonhada padaria, a independência financeira foi somente consequência de muito suor e perseverança, mas ainda segue em constante construção.
De acordo com o portal Pais & Filhos, da UOL, Jose ainda disse: “Quando chegamos ao Chile, a realidade da vida se impôs sobre nós. Foi difícil, mas graças à nossa resiliência e à fidelidade dos nossos clientes, conquistados um a um no metrô de Santiago, conseguimos gerar renda e melhorar de vida.”
Mesmo com as dificuldades do dia a dia, a família manteve-se unida, ajudando uns aos outros para poderem crescer e contornar a situação sensível em que viviam, para assim, poderem desfrutar do seu maior sonho: a abertura de sua padaria familiar.
Não é novidade que imigrantes, ao mudar de país, não tem opção a não ser se reinventar para alcançar melhores condições de vida. Ser estrangeiro em um país desconhecido pode ser assustador, mas com garra, é possível alcançar voos mais altos. O José e sua família seguem sendo grandes inspirações de luta e perseverança para aqueles imigrantes que querem e precisam mudar seu destino.
Atualmente, o Instagram da padaria conta com 5 mil seguidores e muitos clientes fiéis que amam o trabalho delicioso que a família proporciona ao vender doces.