O machismo estrutural faz com que ainda fiquemos surpresos com homens falando sobre seus sentimentos, o que não deveria causar estranhamento. Independentemente do gênero, todos temos sentimentos, carências, fragilidades. Nada disso tem a ver com a sexualidade.
Assistir a um grupo de homens que sabe disso e não se preocupa com os julgamentos de uma sociedade machista, em rede nacional, é de se comemorar. Este, inclusive, é um dos pontos positivos da reta final do programa apenas com homens pela primeira vez.
Sem outras narrativas em andamento, o olhar do público ficou direcionado ao comportamento dos que restaram no jogo e cenas como as de Scooby, DG e PA abrindo o coração foram muito mais repercutidas. Que bom que de lá temos esses pontos positivos a serem destacados!
Embora Arthur Aguiar seja o grande protagonista da edição, Paulo André, Pedro Scooby e Douglas Silva conseguiram sair da sombra dele trazendo leveza e superando as expectativas do público assim que seus nomes foram divulgados. A sensibilidade não foi destaque só entre eles. Acolhedores, os meninos foram essenciais dando suporte para Jessilane após a saída de Lina e Nati.
Com um histórico de abusos e traições, Arthur tem se destacado no programa pelas estratégias e tudo para ser o campeão da temporada. O trio formado por Scooby, DG e PA, por sua vez, chama atenção para um ponto que ultrapassa o jogo e nos faz refletir sobre a vida aqui fora: dá para sonhar com uma sociedade menos tóxica. Vendo por ese lado, eles também venceram o “BBB”.