João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, marido da juíza Mônica de Oliveira, encontrada morta dentro de um carro afirmou que o possível suicídio da mulher foi um “momento de fraqueza”.
“Em algum momento de fraqueza ou coisa parecida, nessa noite, onze e meia da noite, ela já saiu de casa com as malas como se fosse já para o aeroporto viajar”, disse João Augusto.
Após encontrar o corpo da mulher no carro dele, o juiz conduziu o veículo até a Divisão de Homicídios, em Belém, onde registrou um boletim de ocorrência relatando situação de suicídio. A Polícia Civil não deu detalhes sobre o caso e informou que já foi encaminhado para a Justiça.
A Polícia Civil do Pará não deu detalhes, mas informou que realizou diligências, como o registro da ocorrência e a requisição de perícias, “dentro das suas atribuições legais”, e afirmou que já encaminhou o caso para o Poder Judiciário.
![Marido de juíza encontrada morta no carro diz que ela teve um "momento de fraqueza"](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/Captura-de-Tela-2022-05-18-a%CC%80s-14.52.26.png)
“Para minha surpresa, às seis e quarenta da manhã, quando eu desci, ela simplesmente estava no carro e tinha disparado o tiro nela mesma”, conta.
Segundo o juiz, há câmeras de segurança no prédio que podem confirmar a versão apresentada por ele e que já estão em posse da polícia, mas como a investigação ocorre sob sigilo de justiça, as imagens não podem ser divulgadas.
“Essa situação, ela está confirmada pela pelas câmeras de vídeo do prédio, mas o como o inquérito está em sigilo, por enquanto não se pode ter essa visão geral sobre o procedimento”, diz.
João Augusto dá detalhes do que fez após encontrar a esposa morta no carro e por quais processos o corpo da vítima passou na delegacia.
“Eu me encaminhei com ela no carro, porque ela estava no carro, no lugar do passageiro, para a Divisão de Homicídios. Fui atendido pelo delegado e lá foi feito todo procedimento possível e imaginário: coleta de resto de combustão e exame de corpo de delito. Tudo que foi possível e imaginário, e o que possa ter sido feito está sendo feito”, relata o juiz.
Ele afirma ainda que “na verdade, isso é um lamentável incidente”.
Entenda o caso
Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira foi encontrada morta em um carro estacionado no prédio onde morava com o marido, em Belém.
Segundo o marido, os dois possuíam residência em Campina Grande (PB) e em Belém, e se dividiam entre as duas cidades. Mônica Andrade era era natural de Barra de Santana(PB) e juíza na cidade de Martins, no Rio Grande do Norte.
“Nós moramos aqui e em Campina Grande. Ela vem para cá, eu vou para lá, e assim sucessivamente. Nesse momento ela estava aqui”, conta.
O corpo da vítima apresentava um ferimento causado por arma de fogo e foi levado pelo próprio marido à delegacia.
“Discussão acerca do relacionamento”
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) registrado por José Augusto, por volta das 22h30 da segunda-feira (16), os dois tiveram uma discussão momentos antes da juíza descer. Consta no BO que o juiz contou que “teve uma pequena discussão acerca do relacionamento”.
Ainda em depoimento à polícia, ele disse que “ao se aproximar do carro, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo” dele, que “sempre fica guardada dentro do carro”.
Eles estavam casados havia dois anos. A juíza deixa dois filhos do primeiro casamento.
Investigação
A Polícia Civil do Pará informou que o caso é investigado pela Divisão de Homicídios e que “está adotando todas as medidas cabíveis para a elucidação do ocorrido”. A Polícia Científica foi acionada para a remoção do corpo.
Veja a íntegra da nota da Polícia Civil:
A Polícia Civil do Pará informa que realizou, dentro das suas atribuições legais, diligências referentes ao caso, como o registro da ocorrência e a requisição de perícias. O caso foi remetido ao Poder Judiciário, que é órgão responsável por dar sequência à apuração, com a adoção das medidas cabíveis conforme legislação pertinente ao órgão.