Mayara Roquetto Valentim foi encontrada morta com 28 facadas após sair para fazer uma caminhada no domingo (15), na Serra da Paulista, em São João da Boa Vista (SP), cidade localizada a 217 km da capital paulista.
O corpo dela foi enterrado nesta terça-feira (17) sob forte comoção.
A jovem era estudante do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e tinha o sonho de ser professora.
Mayara nasceu no dia 27 de janeiro de 1999 e cresceu em São João da Boa Vista, município de cerca de 92 mil habitantes. Entretanto, por conta dos estudos universitários, desde 2017, ela passava a maior parte dos seus dias em Campinas e aos fins de semana visitava os familiares em São João.
![Quem era Mayara Roquetto Valentim: estudante foi morta com 28 facadas após sair para caminhar](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/Captura-de-Tela-2022-05-18-a%CC%80s-11.20.40.png)
O corpo da jovem foi encontrado na noite do domingo (15) por amiga de infância que fazia parte da equipe de buscas. De acordo com Beatriz Galdino, a amiga foi uma guerreira.
“Eu quero justiça, quero ele preso pela minha amiga, pela minha irmã. Ela era uma menina de luz, não merecia isso. Ela lutou muito, até o fim”, disse.
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De acordo com a Diretoria do Instituto de Biologia da Unicamp, que decretou luto oficial de três dias por conta da morte da estudante, Mayara havia concluído o bacharelado em Ciências Biológicas em 2021 e, atualmente, cursava licenciatura.
“Foi uma aluna extremamente participativa no curso e querida por colegas de sala e docentes. Mayara nos deixa com 23 anos e muita saudade”, escreveram no comunicado.
Desaparecimento e investigações
De acordo com informações da Polícia Militar, a jovem tinha saído por volta das 11h, do domingo (15), para fazer uma caminhada na Serra da Paulista e não retornou para casa.
O corpo de Mayara foi encontrado durante a noite, no ‘Vale dos Gnomos’, por uma pessoa que ajudava nas buscas. Ela tinha ferimentos de faca no braço, mão, tórax e cabeça. O cadáver estava a cerca de 3,9 km de onde ela morava.
A área tem uma trilha usada por moradores e turistas. O caminho para o local tem cerca de 5 quilômetros e é de fácil acesso.
Polícia Civil identifica o principal suspeito
Pouco mais de 24 horas após o crime, a Polícia Civil declarou que o principal suspeito de ter cometido o assassinato é um homem, de 28 anos, que está em liberdade há, pelo menos, dois meses. Ele não conhecia a vítima.
Michael Douglas da Silva é suspeito de tentar matar outra mulher, no sábado (14), e já há um mandado de prisão temporária contra ele, segundo o delegado Fabiano Antunes.
O suspeito teria apontado uma arma para a vizinha em uma pensão, mas os disparos falharam. Silva sofre de esquizofrenia e morava com os pais em São João, segundo informaram familiares à polícia.
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Cães farejadores e 45 policiais trabalham nas buscas do suspeito na Serra da Paulista.
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“A gente iniciou uma série de investigações depois que ela foi encontrada morta. Coletando as imagens do primeiro crime, a gente tinha as roupas do Michael quando ele fugiu e, conversando com moradores do local onde ela foi encontrada, a gente descobriu que o Michael esteve na Serra da Paulista pedindo comida. Após a prática do primeiro crime, ele encontrou essa moça e veio a matá-la”, explicou o delegado.
Ainda segundo o delegado, a polícia conseguiu colocar Michael na cena do crime através de cães farejadores, que encontraram as roupas dele no local. “A gente acredita que ele ainda esteja escondido na Serra da Paulista”, disse Antunes.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.