Pouco mais de um ano depois de perder o filho durante uma operação policial no Rio, uma mãe morreu após desenvolver um quadro depressivo e sofrer um AVC.
Aline Souza Santos era mãe de Thiago da Conceição. O rapaz tinha 16 anos quando, na manhã de 18 de junho de 2021, uma bala entrou em sua casa, na Penha, e lhe acertou a cabeça. Na hora, a Polícia Civil deflagrava a Operação Coalizão pelo Bem.
Segundo a família, Aline entrou em um quadro depressivo profundo e sofreu um AVC.
Mesmo depois de um ano do assassinato de Thiago, nenhuma perícia foi realizada na casa, e nenhuma prova foi colhida. Nada também foi falado à família.
Recusa de socorro
À época, Jeovane dos Santos, tio de Thiago, afirmou que o tiro partiu de um policial civil e que agentes se recusaram a socorrer o menino após o disparo.
“Não teve reação nenhuma. A Polícia Civil entrou na comunidade eram 6h. Não teve um tiro. O único disparo que teve foi esse. Após o disparo, que eu vim socorrer ele, falei com os policiais, e eles se recusaram a socorrer, entraram na viatura e foram embora”, disse.
O tio de Thiago destacou também que o projétil entrou pela janela e ainda atingiu o violão do menino. A porta do quarto em que ele estava chegou a ficar suja de sangue.
Além de Thiago, outras três pessoas foram mortas. A ação reuniu policiais civis dos estados do Rio, do Pará e do Amazonas, para tentar prender um dos chefes do tráfico do Comando Vermelho, mandante de ataques em Manaus.