A mãe acredita que o ataque ocorreu porque a fêmea estava no cio, o que provocou o macho a ponto de se comportar de maneira nunca vista.
Os animais de estimação possuem um lugar cativo em cada família, sendo considerados membros e extremamente importantes para todos os parentes e demais pessoas que frequentam a casa. Fazem companhia, cuidam da casa, oferecem amor e carinho, sendo indicados até mesmo em tratamentos médicos como forma de acalmar e ajudar pacientes.
Porém, nem sempre a relação entre humanos e pets é considerada saudável, principalmente em casos onde ocorre violência, tanto por parte de um quanto de outro. Recentemente, de acordo com reportagem do jornal O Globo, Paula da Mata Lima contou os momentos de terror que viveu com a filha Maria Eduarda, de oito anos, a filha que carregava no ventre e os dois pitbulls que tinha em casa.
O macho, com três anos, e a fêmea, de um ano e seis meses, nunca demonstraram comportamento agressivo, e a mãe conta que eles sempre interagiram com a filha e fizeram parte da rotina da casa. Como os cães eram considerados tranquilos, não eram criados separados da família, ainda que o tamanho deles fosse maior que o da menina, que sequer chegava a pesar 30 quilos, enquanto os cães tinham em média 40 quilos cada um.
A filha pediu para descer assim que acordou, no dia 24 de junho, e como elas moravam em um sobrado bem seguro, a mãe permitiu. Grávida de 40 semanas na ocasião, ela acabou ouvindo os gritos de Maria Eduarda pouco tempo depois, e quando olhou pela janela, viu que o macho estava atacando a menina, enquanto a fêmea chorava e tentava tirar a pequena do ataque.
A mãe conta que tentou de todas as formas tirar o animal de cima da filha, mas não conseguia, enquanto sua irmã e sua sobrinha tentavam a todo custo bater no cachorro para que ele soltasse. Foi quando Paula decidiu entrar por baixo do animal e dar um mata-leão, sem sequer recordar que isso poderia colocar em risco a filha que carregava no ventre.
Ataque
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Paula conseguiu tirar o cachorro, e acabou levando mordidas superficiais da fêmea no processo, e assim que soltou o macho, ele voltou a atacar a filha. Foi quando a mãe teve a ideia de deitar em cima de Maria Eduarda, e esse foi o momento em que o cão passou a atacá-la, dando mordidas em seu braço e na barriga, sendo necessário levar pontos.
O cachorro apenas parou de atacar Maria Eduarda quando Paula pegou uma pá de obra e o acertou duas vezes na cabeça, chorando e soltando a menina. Ela acredita que a ação toda tenha durado cerca de cinco minutos, mas que foram os piores de toda a sua vida. A menina foi levada à UTI, onde ficou internada por 11 dias.
O médico informou que estava tudo bem com o bebê, que nasceu no dia 16 de julho e recebeu o nome de Maya. Maria Eduarda passou por procedimentos com um cirurgião plástico. Precisou de dreno no pescoço, dreno no pulmão, acesso profundo na virilha, recebendo alta no dia 7.
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Paula e o marido optaram por doar os animais a outras pessoas, com medo que a situação pudesse ocorrer novamente. Informando aos novos tutores tudo o que aconteceu, a fêmea foi para um sítio perto de onde moram, enquanto o macho foi adotado por um rapaz da região. Maria Eduarda ficou triste quando descobriu que os animais seriam doados, e chegou a implorar para a mãe que não doasse os pets.
“Agora a sensação é de paz. Ela está bem, está em casa, comendo, brincando. Só com a cabecinha enfaixada e tendo que trocar os curativos três vezes por semana no hospital, mas bem”, encerrou o relato.