Fabrício Queiroz procurou a Polícia Civil do Rio para denunciar um suposto crime de injúria que teria sido praticado contra ele pelo humorista Fábio Porchat.
O candidato a deputado estadual pelo PTB e ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi até a 32ª DP (Taquara) afirmando que teve a honra atingida após um comentário do apresentador dando conta de que ele teria ligação com a milícia.
Na entrevista, para um podcast no YouTube, o artista disse que o ex-policial militar “matou gente”. Um inquérito foi instaurado na delegacia para apurar o caso.
No registro de ocorrência, Fabrício Queiroz relatou, em 16 de junho, que é policial militar e no momento se encontra na reserva remunerada da corporação. Ele disse ter recebido o vídeo em que Fábio Porchat, durante entrevista no canal “Cara a tapa” do jornalista Rica Perrone, afirma: “Ele é miliciano, é um cara que matou gente, foi preso.”
Na delegacia, Queiroz contou que sentiu sua honra atingida porque prestou sempre serviço para o Estado, servindo e protegendo a população, e que, portanto, desejava representar criminalmente contra Porchat. O humorista foi intimado a prestar depoimento pelo titular da distrital, delegado Angelo Lages, na próxima quarta-feira, dia 24.
Em suas redes sociais, Fabrício Queiroz postou um vídeo sobre o assunto: “O registro está feito. Nós vamos nos encontrar nos corredores da justiça. Calúnia e injúria se combatem assim. Fake news é crime tipificado no Código Penal. Se você foi caluniado ou se sofreu injúria, faça o registro e a justiça toma conta do caso.”
O Código Penal, em seu artigo 140, descreve a injúria, que consiste na conduta de ofender a dignidade de alguém, e prevê como pena, a reclusão de um a seis meses ou multa. O crime, considerado de baixo potencial ofensivo, será julgado no 16º Juizado Especial Criminal de Jacarepaguá, onde deverá ser proposto, inicialmente, um acordo entre os envolvidos.
Fabrício Queiroz foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita, sob a acusação de operar um esquema de rachadinha para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de quem foi assessor no período em que o filho do presidente Jair Bolsonaro era deputado estadual.
As investigações foram suspensas por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Procurado, Fábio Porchat preferiu não comentar as investigações.