Duas funcionárias de um presídio no País de Gales se envolveram com um prisioneiro e ambas responderão por má conduta.
A enfermeira Elyse Hibbs e a oficial de custória Ruth Shmylo, ambas de 25 anos deverão comparecer a uma audiência onde responderão por má conduta, por terem sido acusadas de manter relações sexuais com um detento. Hibs se declarou culpada, segundo informações do jornal britânico Daily Mail e Shmylo não entrou com apelo à corte.
A única informação divulgada até o momento é que o preso estaria detido na Prisão Parc, que é categoria B na cidade de Brigend, Glamorgan, no País de Gales. Sua identidade, todavia, não foi revelada. A instituição tem capacidade para 1.652 pessoas.
Segundo as primeiras investigações, a oficial de custódia, Ruth Shmylo, teria se relacionado com o detento entre dezembro de 2020 até abril de 2021. A enfermeira Elyse Hibbs manteve um caso amoroso entre maio e julho deste ano (2022). O detento teria um perfil galanteador.
Elyse Hibbs também está respondendo a acusação de praticar má conduta em outras duas prisões onde trabalhou, na HMP Parc e HMP Manchester, que estão a mais de 320 quilômetros da prisão onde ela estava trabalhando no País de Gales.
![Funcionárias de presídio serão julgadas após manterem relação com detento](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/08/IMAGEM-1-Funcionarias-de-presidio-serao-julgadas-apos-manterem-relacao-com-detento.jpg)
Segundo a acusação contra Hibbs, a enfermeira “se comportou mal, o que é equivale a um abuso de confiança, ao se envolver em um relacionamento inadequado com o prisioneiro”, conforme o informado pelo jornal britânico, Daily Mail.
De acordo com especialistas entrevistados pelo tabloide inglês, a lei federal inglesa entende como ilegal que guardas prisionais “façam sexo com pessoas encarceradas.” Segundo os especialistas, os detidos “não podem, legalmente, dar consentimento”. A pena prevista, segundo a lei federal, é de até 15 anos de prisão.
Sobre a acusação contra Shmylo consta que a oficial de custódia “agiu de maneira deliberada e sem justificativa, o que ocasionou o equivalente a um abuso de confiança ao agente e titular do cargo se envolver em ato inapropriado” com o prisioneiro.
Hibbs, que é de Newbridge, e Shmylo, de Pontypridd, deverão comparecer à corte de Cardiff no dia 13 de setembro deste ano para audiência.
Prisões são palco de relacionamentos amorosos na Inglaterra
Em Leeds, no Reino Unido, no presídio de segurança máxima, um relacionamento amoroso entre uma enfermeira e um detento, que é estuprador em série e confesso.
Karen Cosford, de 47 anos, se envolveu amorosamente com o detento Brian McBride, condenado por estupro, e pedia aos colegas de trabalho que vigiassem a cela enquanto o casal mantinha relações sexuais.
McBride, quem foi sentenciado a prisão perpétua, enviava imagens íntimas a Cosford, em um celular que teria conseguido por contrabando. A história também causou choque na sociedade britânica, segundo o jornal Daily Mail.
Em bilhetes trocados por ambos na prisão, a enfermeira Karen Cosford escreveu ao detento que ele teria “o sexo mais consensual” de sua vida, se referindo à condenação de McBride. Em audiência no tribunao, Cosford alegou que escreveu a carta de maneira forçada, mas não revelou quem a estaria ameaçando para que ela escrevesse tal recado ao prisioneiro. Essa carta só foi descoberta em uma busca feita nas celas dos presidiários para descobrirem objetos não admitidos na prisão.
As colegas de Cosford também foram indiciadas. Carolyn Fallon, de 50 anos, e Jacqueline Flynn, de 46, trabalhavam também na ala de saúde da prisão de alta segurança de Wakefield, West Yorkshire, e foram ambas condenadas por não terem notificado as autoridades sobre o caso mantido entre a enfermeira Cosford e o prisioneiro McBride, como também sobre o celular que o detento mantinha consigo na prisão.
Para a promotoria do caso, todos os envolvidos foram motivados pela ‘ganância’ e foram enganados pelas alegações falsas de McBride, de que o prisioneiro era rico e mantinha uma fortuna do lado de fora da prisão.
O juiz David Hatton, responsável pelo caso, disse que “era triste ver funcionários públicos, que se dedicam anos de suas vidas ao serviço público, serem condenados por abuso em suas posições de confiança”, conforme o apurado pelo jornal britânico Daily Mail.