Um homem de 59 anos que se apresentava como pastor foi preso na terça-feira (30) suspeito de estuprar a enteada por mais de 20 anos, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A vítima ainda tem um filho com o padrasto, segundo a Polícia Civil.
A vítima, que tem 28 anos, disse que era estuprada por Francisco Silvino de Andrade desde os 4 anos. Aos 15, engravidou do suspeito e teve um filho, que hoje tem 12 anos. Foi com a gravidez que a esposa dele e mãe da jovem descobriu os estupros.
“O homem ameaçava as duas de morte, disse que tinha filhos de outro casamento e que um deles tinha matado as duas ex-mulheres dele. Esse filho, inclusive, está preso. Então, elas tinham medo e não denunciavam”, disse a delegada Isabella Joy.
Nos últimos tempos, o homem passou a ficar mais agressivo, ameaçando elas com um facão. A jovem disse que o último abuso aconteceu no dia 12 deste mês. Ela, então, decidiu contar para uma outra pessoa da família, que a orientou a procurar a delegacia.
Com a ajuda de familiares, a jovem e a mãe conseguiram sair de casa e procurar a Polícia Civil para denunciar o crime. Desde então, se mudaram da cidade e estão escondidas, com medo.
“Depois que foi feita a denúncia, o homem as ameaçou várias vezes, perguntando sobre o filho”, contou a delegada. A polícia pediu a prisão do homem pelos crimes de estupro de vulnerável e violência psicológica.
Ao ser interrogado, negou que fosse pai do adolescente e que tivesse cometido qualquer tipo de crime contra a enteada.
Segundo a polícia, o suspeito já morou em vários estados do país e se apresentava como pastor. Ele ia à igrejas para conseguir dinheiro de fiéis inventando histórias diferentes para conhecer as pessoas. Ele tem passagens por estelionato em Goiás e no Distrito Federal.
O nome e a foto dele foram divulgados para que outras possíveis vítimas e testemunhas possam identificá-lo e fazer denúncias.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
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Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.