A jovem de 26 anos morta a facadas ao buscar objetos pessoais na casa do ex-companheiro em Videira, no Oeste catarinense, estava separada há três dias quando foi assassinada, na segunda-feira (29), segundo a Polícia Civil.
O ex-namorado de Camila Côrrea é o principal suspeito do crime. Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na noite de terça-feira (30), segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
O delegado Ismael Gustavo Jacobus Marmitt acredita que a motivação do crime tenha sido ciúmes da ex-companheira. Os dois tinham um relacionamento conturbado e haviam rompido na sexta-feira (26).
Camila foi agredida com um golpe de faca nas costas enquanto estava na casa dele, no bairro Carboni, para buscar os pertences pessoais dela. A Polícia Civil acredita que o homem tenha atuado sozinho.
O padrasto dele, que estava na casa, conseguiu conter o suspeito que, após o crime, tentou ferir o próprio pescoço. Ele foi conduzido à delegacia após receber atendimento médico.
De acordo com o delegado, ele permaneceu em silêncio durante o interrogatório.
Agora, a polícia aguarda o resultado dos laudos periciais para finalizar o inquérito. Além disso, segundo o delegado, investigações complementares devem ser realizadas para apurar as demais circunstâncias do caso, que é tratado como feminicídio.
Jovem é sepultada em Água Doce
O sepultamento de Camila ocorreu na terça-feira em Água Doce, também no Oeste catarinense.
Segundo a prima de Camila, Eliane Corrêa, a jovem era “ótima mãe, humilde, sonhadora”.
“Só queria criar dar o melhor para seus filhos. Infelizmente aconteceu isso. Tão novinha e com tanta vida pela frente ainda, muito triste mesmo”, completou.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.