Um dos brasileiros na Europa com mais identificação com a torcida brasileira, Richarlison também é conhecido por se posicionar sobre temas fora do futebol nas redes sociais. Após a derrota do Tottenham para o Sporting, pela Champions League, o atacante opinou sobre a apropriação política da camisa amarela da Seleção.
“Hoje em dia, o pessoal leva muito (a camisa) para o lado político. Isso faz a gente perder a identidade da camisa e da bandeira amarela”, opinou.
Para o “Pombo”, o importante como jogador brasileiro na Europa é representar o país e levar a identificação com a Seleção para todo o mundo.
“Acho importante que eu como jogador, torcedor e brasileiro, tente levar essa identificação para todo o mundo. É importante reconhecer que a gente é brasileiro, tem sangue brasileiro e levar isso para o mundo”, disse.
Às vésperas da Copa do Mundo no Catar, a CBF tenta “despolitizar” a camisa amarela. Para isso, usou de artistas à esquerda do espectro político, como o rapper Djonga, em suas campanhas de marketing.
O lançamento da última camisa foi cercado de mensagens que tentam dissociar a camisa da Seleção do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
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Utilizada com frequência por apoiadores e pelo próprio em eventos com mensagens antidemocráticas, a vestimenta ganhou conotação política de direita e extrema direita, o que não agrada à cúpula da CBF.
A Confederação ainda pretende realizar mais ações para despolitizar sua camisa, enquanto o novo presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, tenta não se associar a correntes políticas, apenas marcando posição com ações afirmativas.
O mandatário não se encontrou e nem pretende estar com Bolsonaro em época de eleição, por exemplo. A ideia é aproximar a Seleção do apoio popular para a Copa do Mundo.