Procurado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por agredir e sufocar o enteado de 4 anos, Victor Arthur Possobom, 32, possui histórico de anotações criminais principalmente por lesão corporal, contra a ex-namorada e a própria mãe.
Em depoimento na 77ª DP (Icaraí), em Niterói (RJ), a mãe do menino agredido relata que também sofria violência física. Jéssica Jordão disse em entrevista que ele chegava a usar luvas de boxe para tentar não deixar marcas.
Victor está sendo procurado pela polícia para prestar esclarecimentos.
“Nós namoramos por dois anos e desde o início percebi que ele era violento. Depois que meu filho foi morar com o avô, ele me levou para um apartamento e não me deixava ir embora”, disse Jéssica.
“Ele chegou a usar luvas de boxe, pedia para eu ficar parada e me batia na barriga, no rosto. Assim, não ficavam as marcas”, acrescentou ela.
![Mãe de garoto sufocado por padrasto diz que apanhava com luvas de boxe](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/Screenshot_956.jpg)
Segundo Jéssica, Victor praticava boxe como atividade física.
Além das agressões físicas e psicológicas, Jéssica Jordão afirma que ainda foi estuprada por Victor Possobom.
Ele me estuprou, fui abusada, tanto é que engravidei, mas por causa das agressões eu sofri um aborto. Fui pro hospital e fiquei sendo vigiada para não falar pra ninguém o que estava acontecendo. Na casa pra onde ele me levou, ficava me ameaçando para eu não contar nada pra ninguém. Não consigo acreditar que passei por tudo isso. Jéssica Jordão
Os dois chegaram a ter uma filha, que atualmente está longe da mãe. Jéssica Jordão diz que ela é impedida de ver a criança e que a a mãe de Victor acobertava as agressões dele, mesmo já tendo sido vítima do próprio filho.
O caso foi registrado em outra delegacia, como “lesão corporal decorrente de violência doméstica”.
Apesar de todos esses casos, Victor Possobom chegou a postar nas redes sociais uma foto onde aparece a palavra “família” no peito esquerdo — ele desativou as contas.
O caso
Victor Possobom foi flagrado em câmeras de segurança do condomínio onde mora, em Niterói, agredindo e sufocando o enteado. Em um dos vídeos, ele aparece sentado ao lado da criança, olha para o lado para verificar se teria alguém no local, e dá dois socos no rosto da criança. Logo após, Victor Possobom sufoca o menino.
Em outra imagem, já no elevador do prédio, o agressor novamente sufoca o enteado por cerca de 5 segundos. O homem coloca a mão no rosto da criança e pressiona a cabeça dela contra o espelho do elevador. É possível ver que após o ocorrido, o menino começa a chorar.
As agressões aconteceram no dia 20 de fevereiro deste ano, porém apenas ontem as imagens foram divulgadas.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.