Os familiares da vítima acreditam que o homem tenha morrido por causa de uma pessoa próxima.
Depois do assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, o ganhador da Mega-Sena de Hortolândia (SP), os familiares dele acreditam que o responsável pelo crime tenha sido alguém muito próximo, segundo informações do R7. O caso aconteceu no dia 14 de setembro, após o homem desaparecer e ter várias tentativas de saques do seu banco.
A polícia, além de trabalhar com diversas possibilidades, também acredita que o assassinato tenha sido cometido por algum amigo ou parente próximo, especialmente depois de terem recolhido relados dos familiares. Ainda conforme o R7, as investigações da polícia apontam que quem cometeu o crime conhecia bem a rotina de Jonas Lucas.
Em entrevista coletiva, a delegada Juliana Ricci, responsável por investigar o caso, disse que os suspeitos do sequestro provavelmente sabiam da vida privilegiada da vítima, por terem ganhado na Mega-Sena, segundo informações do G1. Caso o responsável pelo crime tivesse essas informações, teria sido mais fácil de planejar e executar o crime.
Por conta disso, durante o velório da vítima, a família quis manter o local seguro para prestarem suas últimas homenagens, com medo do que pudesse acontecer. No velório, que aconteceu no dia 16 de setembro, foram contratados seguranças para impedir a entrada de desconhecidos no velório, limitando apenas a família e amigos mais próximos de Jonas Lucas. Além disso, a família também fechou o crematório da cidade com uma faixa de segurança e tinha um plano para que todos ficassem seguros no local.
Ainda no velório, as pessoas só puderam entrar no crematório identificadas previamente pelos seguranças com uma pulseira azul, que foi distribuída para a identificação das pessoas autorizadas. Ou seja, ninguém pôde entrar sem ser convidado e sem ter a pulseira azul de identificação, diminuindo as chances de os criminosos entrarem no local. Ademais, todos se recusaram a falar com a imprensa, que aguardava no lado de fora do crematório.
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Quem é Jonas Lucas Alves Dias?
Jonas Lucas Alves Dias foi o ganhador da Mega-Sena em 2020, junto com outra pessoa aleatória que também acertou o prêmio. Apesar de terem acertado juntos, em jogos diferentes, Jonas acabou levando para casa metade do prêmio, no valor de R$ 47 milhões. Apesar de ter se tornado milionário, o homem continuou vivendo no mesmo bairro e fez apenas uma reforma em sua casa.
Relembre o caso
De acordo com as câmeras de segurança, Jonas Lucas Alves Dias estava voltando da padaria a pé, no período da manhã, quando foi abordado por criminosos e desapareceu. Logo depois, houve várias tentativas de saques no seu banco, inclusive uma no valor de R$ 3 milhões. O gerente do banco do ganhador recebeu mensagens no celular, supostamente de Jonas, mas ficou desconfiado e não liberou a transação.
Apesar disso, os criminosos conseguiram R$ 18 mil, que foi enviado por Pix e R$ 2.000 que retiraram dos caixas eletrônicos. Depois, o corpo de Jonas Lucas foi achado com sinais de tortura em um acesso da rodovia dos Bandeirantes, em Hortolândia, no interior de São Paulo. Mesmo socorrido pela ambulância e levado ao hospital, o homem não resistiu.
Presos pelo crime
De acordo com a Band, há um grupo de suspeitos, composto por 4 pessoas: Rogério de Almeida Spínola, Samuel Messias Pereira Batista (pessoa trans que atende pelo nome social Rebeca), Marcos Vinicyus Sales de Oliveira (conhecido como Vini) e Roberto Jeferson da Silva (conhecido como Gordo). A delegada disse que o grupo sabia da situação financeira da vítima, mas ainda não sabem como descobriram.
![Família de ganhador da Mega-Sena assassinado acredita que o responsável era alguém muito próximo](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/1-Familia-de-ganhador-da-Mega-Sena-assassinado-acredita-que-o-responsavel-era-alguem-muito-proximo.jpg)
Roberto Jeferson da Silva se apresentou à polícia, negando a participação no crime e foi levado à Delegacia de Piracicaba, que investiga o caso. Além dele, Rogério de Almeida Spínola e Samuel Messias Pereira Batista também já foram presos. Marcos Vinicyus Sales continua foragido da polícia.