Mãe mata o filho recém-nascido e somente depois de uma consulta e da pressão dos médicos, contou o que aconteceu.
Uma mulher de apenas 23 anos, identificada como Johana Danexi Zambrano Castro, foi presa suspeita de matar o próprio filho recém-nascido, no dia 25 de setembro. O caso aconteceu na Venezuela, onde a mãe teria entrado em trabalho de parto, dado à luz ao bebê e depois o sufocado até a morte.
De acordo com o site venezuelano Mega Noticias, apresentando fortes dores e sangramento, a jovem foi até o hospital Doctor Domingo Luciani de El Llanito ser avaliada por um especialista, sem dizer que tinha dado à luz a um bebê. Logo depois que os médicos examinaram a mulher, eles conseguiram identificar sinais de um possível parto e começaram a conversar com ela, pedindo que falasse o que realmente tinha acontecido.
Para a polícia, os médicos explicaram que a mãe negou ter engravidado e dado à luz, mas no fim, conseguiram fazer com que ela confessasse a história. Após muita insistência dos médicos e várias horas em observação médica, Johana Danexi Zambrano Castro acabou confessando que teve um bebê com 36 semanas de gestação em sua casa, mas que o recém-nascido tinha morrido no parto.
Quando a mãe contou sua declaração, os profissionais da saúde ficaram alarmados e contataram as autoridades para irem até a casa da jovem verificar o que tinha acontecido. Ao chegar ao local, para o choque da população, a polícia encontrou o corpo do bebê enrolado em um lençol dentro da máquina de lavar da casa. Ainda conforme o Mega Noticias, o corpo do recém-nascido passou por um protocolo de autópsia detalhada, que revelou que o bebê havia nascido vivo e a causa de sua morte tinha sido asfixia.
A mulher teria sufocado o seu próprio filho e depois escondido o corpo dele na máquina de lavar roupas de sua casa, e por isso, foi acusada de infanticídio. De acordo com um membro do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais, a mulher teria escondido a gravidez da família, e ao dar à luz, não prestou ajuda e causou a morte do bebê. O caso aconteceu, que aconteceu na cidade de Petare, uma cidade venezuelana, e está sendo investigado pela Promotoria do Ministério Público da Região Metropolitana de Caracas.
Segundo informações do El Diario, o caso foi colocado sob a ordem da 65ª Promotoria do Ministério Público da Área Metropolitana de Caracas, que investiga a história. Quanto à mãe, Johana Danexi Zambrano Castro, permaneceu internada no hospital para ter o acompanhamento médico necessário, mas por ora, o seu estado é estável. Como Johana é uma jovem de apenas 23 anos, certamente ela teria engravidado sem planejar e por isso, resolveu manter a gestação em sigilo, sem contar aos seus familiares sobre a história.
Infanticídio no Brasil
Segundo o Código Penal Brasileiro, o infanticídio significa matar o próprio filho, sob a influência do estado puerperal, que envolve o trabalho de parto ou após o trabalho de parto, onde há a expulsão da criança do ventre materno. Essa conduta consta no artigo 123 do Código Penal, no qual a pena é uma detenção de 2 a 3 anos.
Quando a mãe está no estado puerperal, há intensas alterações psíquicas e físicas, que transformam a mulher, deixando-a com poucas condições para entender de fato o que está fazendo. Além disso, após o parto, há um período de readaptação do corpo da mulher após o nascimento do bebê, que gera variação hormonal na mãe, sendo comum a ocorrência de depressão pós-parto. Vale lembrar também que o puerpério é o período que se estende do início do parto até a volta da mãe às condições pré-gravidez.
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Violência contra menores:
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.