A jovem Ana Beatriz Barbosa foi morta em Paracatu (MG). Entenda o caso.
Ana Beatriz Barbosa, uma jovem de 22 anos moradora da cidade de Paracatu (MG) foi morta a tiros e teve seu corpo encontrado cinco dias após o seu desaparecimento. Segundo informações do portal G1, o corpo estava carbonizado e foi deixado em uma mata em Novo Gama, cinco dias após ela desaparecer em Valparaíso de Goiás, Entorno do Distrito Federal
Uma mulher e seu filho foram os primeiros suspeitos do crime. A mãe do jovem de 19 anos foi indiciada pela Polícia Civil sob suspeita de ter ajudado no crime, orientando o que deveria ser feito com o corpo após a morte. No entanto, ela não foi denunciada pelo MP.
Foram denunciados o seu filho e um amigo, de 26 anos de idade. O crime aconteceu em julho, mas o caso foi divulgado pela polícia apenas no final de setembro, após os envolvidos serem presos. Eles foram indiciados em agosto e, no dia 24 do mesmo mês, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) os denunciou à Justiça.
De acordo com o portal de notícias, Ana foi morta com um tiro na nuca e teve as falanges dos dedos retiradas, para que a identificação fosse mais difícil. Acredita-se que o seu corpo tinha sido exposto a um ritual.
Antonia Monica Santos, mãe de Ana Beatriz disse em entrevista ao Cidade Alerta que Henrique, o suspeito do crime, fazia ligações frequentes para a jovem dizendo que a amava e a faria feliz. “Que amor é esse, me diz?”, questionou a mãe, que disse que jamais voltará a ser a pessoa que era antes da morte da filha.
Contexto do crime
O desaparecimento da jovem foi registrado pela família em 10 de julho. A polícia descobriu que o suspeito de 26 anos e Ana Beatriz chegaram a ter um relacionamento. Por conta da proximidade entre os dois, ele teria a chamado para sair e efetuou o crime com o outro suspeito.
Investigação
Taylor Brito, delegado responsável pela investigação, explicou que a polícia usou duas linhas de investigação para entender as motivações do crime e como ele teria acontecido. A principal linha aponta que o crime teria acontecido por vingança, já que Ana Beatriz estaria supostamente envolvida com a morte de um homem em Paracatu (MG), filho da mulher e irmão de um dos presos.
Já a segunda linha aponta que o amigo de 26 anos, com quem ela teve o relacionamento, teria sido o autor do assassinato do irmão do amigo, de 19.
“Deu a entender que a vítima, antes de morrer, relatou detalhes do fato e disse que quem matou o rapaz seria o homem de 26 anos. Aí surgiu a motivação: o de 19 queria matá-la porque achava que ela matou o irmão dele. O de 26 queria matá-la como queima de arquivo, porque só ela saberia que ele teria assassinado o irmão do amigo”, esclareceu o delegado.
Os dois suspeitos foram indiciados por ocultação de cadáver, homicídio duplamente qualificado, com motivo fútil e meio cruel. A mãe de um deles, apenas por ocultação de cadáver, respondendo em liberdade.
O Ministério Público denunciou os jovens por homicídio por outro motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, os dois jovens também foram denunciados por destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele.
Linha do tempo do crime e das prisões
10 de julho: A família de Ana Beatriz registrou o seu desaparecimento em Valparaíso de Goiás.
15 de julho: Corpo de Ana Beatriz é encontrado em Novo Gama.
20 de julho: O rapaz de 26 anos é preso em Novo Gama por porte ilegal de armas e um roubo cometido em Paracatu, Minas Gerais. Apenas no mês seguinte a polícia descobriu que ele estava envolvimento na morte da jovem de 22 anos.
13 de setembro: Mais um mandado de prisão do homem de 26 anos foi expedido. No entanto, por ele já estar preso, o crime foi apenas “adicionado”.
23 de setembro: A polícia recebeu informações de que o jovem de 19 anos estava em Minas Gerais e efetuou a prisão junto com a PC-MG.