O goleiro Bruno, que foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de Eliza Samudio e que recentemente teve um pedido de prisão decretado por não ter pago a pensão do filho que teve com a vítima, usou as redes sociais para declarar voto em Bolsonaro.
O apoio do goleiro ao atual presidente e candidato a reeleição foi dado dias após ele ser dispensado da Sociedade Esportiva Búzios 48 horas após ter assinado o contrato.
“Hoje me perguntaram se sou 13 ou se sou 22. Eu, pessoal, eu sou a favor de um país justo, um país honesto, sabe? E eu coloco na balança aquilo que foi feito durante todo esse tempo aí. Eu sei que o 22 está fazendo um bom trabalho no meu modo de pensar, na minha opinião. Então é isso. E ponto final”, disse em parte de um vídeo postado nas redes sociais.
Bruno completou:
“Mas eu acho que é um país da hipocrisia tão grande, um jogo de interesse tão grande, porque uma pessoa que foi condenada, ela volta a liderar um país. Ela perdeu todas as instâncias e volta a liderar o país. E não cumpriu a pena. E não foi inocentado. Não foi inocentado. Então eu quero dizer o seguinte. Eu cumpri a minha pena e cumpro com minhas obrigações. Eu acho que eu também teria o direito de voltar a exercer a minha profissão.”
O desabafo de Bruno sobre voltar a exercer a sua profissão não foi à toa. O goleiro foi dispensado do Búzios dois dias após ter tido o seu contrato assinado. A rescisão foi motivada pela mobilização dos moradores da cidade.
O anúncio da contratação foi feito pelas redes sociais do clube, que recebeu diversas críticas. Os moradores, inclusive, marcaram um protesto na porta da sede do Búzios para mostrar o seu descontentamento com a contratação.