Jovem é achada dentro do próprio apartamento e laudo revela sinais de estrangulamento até a morte.
Uma jovem de 25 anos foi encontrada morta, no dia 11 de outubro, dentro do seu apartamento no bairro Nova Esperança, Zona Oeste de Manaus, segundo o R7. De acordo com a polícia, o imóvel da vítima estava trancado e ela não apresentava sinais aparentes de violência. Entretanto, após investigação, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) divulgou que a jovem foi morta por estrangulamento.
Segundo o laudo, a morte da jovem, que foi identificada como Silvane dos Santos Costa, foi asfixia mecânica e constrição cervical, ou seja, quando a vítima é enforcada até a morte. Ela morava no edifício apenas há 3 meses, após o término do seu antigo relacionamento. Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), registrado na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na noite do crime, a jovem estava sem nenhum tipo de contato há 2 dias.
Assim, segundo o G1, de acordo com a irmã da vítima, percebendo que havia algo estranho, já que sua irmã não respondia mais as mensagens, ela resolveu ir atrás de Silvane dos Santos Costa. Ela foi até o novo apartamento da irmã e como estava fechado, pediu para que a proprietária do imóvel abrisse o local, e se surpreendeu ao encontrar a irmã morta.
Conforme o delegado Fábio Silva disse, o apartamento não tinha sinais de arrombamento e o celular da vítima não foi encontrado. Além disso, o delegado também disse que a jovem estava trancada no seu próprio apartamento e não tinha nada revirado no local. Segundo informações do R7, a jovem foi achada sem roupas íntimas. A chave do apartamento da vítima também não foi encontrada. Por ora, a Polícia Civil continua investigando e procurando pistas que possam levar até o autor do crime. A Delegacia Especializada Em Homicídios E Sequestros (DEHS) também investiga quem poderia ter sido o autor do homicídio e qual seria suas motivações.
Cortejo especial para a jovem
No Twitter, o Portal do Holanda, o site de maior audiência de Manaus, compartilhou um vídeo de uma multidão seguindo o carro que levava o caixão da jovem. O cortejo ocorreu na presença de amigos, familiares e conhecidos da região. No vídeo, inclusive, é possível ver uma grande multidão que se junta para prestar as últimas homenagens a Silvana. Além disso, nos comentários, um usuário comentou que esperava que as autoridades encontrassem o responsável pelo crime.
Em outro vídeo, o Portal do Holanda mostra imagens feitas de cima do carro. O carro em questão era o mesmo que transportava o corpo de Silvane dos Santos Costa, que estava rodeado por pessoas e veículos que queriam participar desse último cortejo em homenagem a ela. Veja o vídeo abaixo:
Estrangulamento
De acordo com o Jusbrasil, conforme um estudo proporcionado pela matéria Medicina Legal e Bioética, na Universidade Católica do Salvador, de 2016, os movimentos respiratórios do corpo humano são intitulados assim por se tratarem da articulação orgânica que o corpo faz, em busca de oxigênio e emissão de gás carbônico. Por isso, o estrangulamento ou asfixia mecânica pode ser definido por uma constrição do pescoço por laço tracionado, ou seja, a utilização de algum tipo de corda, ou qualquer outra força que não seja o próprio peso da vítima.
Como o IML identificou que a causa da morte de Silvane dos Santos Costa foi estrangulamento, certamente uma segunda pessoa está envolvida com o crime, mesmo que o seu apartamento tenha sido encontrado trancado pela polícia. Além disso, caso a polícia ache indícios de que o crime foi cometido por um familiar da vítima ou alguém que já manteve algum tipo de relação afetiva com ela, o caso pode se tornar caso de feminicídio, segundo a Lei 13.104/15 de Violência contra a Mulher.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.