Tudo começou com a polêmica de que supostamente a Jovem Pan estaria sofrendo “censura”, mas órgãos oficiais já desmentiram a fake news.
No meio da corrida eleitoral, a quantidade de notícias falsas espalhadas nas redes sociais acaba tomando conta da disputa, sendo que os veículos responsáveis por averiguar cada uma dessas informações acabam tendo muito trabalho nas últimas semanas. Uma das polêmicas que acabaram viralizando foi de que a emissora Jovem Pan supostamente estaria sofrendo “censura”, mas depois da checagem de fatos, sabe-se que essa não é a informação correta.
A autora Glória Perez, 74 anos, no ar com “Travessia” no horário nobre da Rede Globo, acabou se juntando à polêmica, e usou os stories do Instagram para compartilhar uma imagem em apoio à emissora Jovem Pan, que supostamente estaria sofrendo ataques eleitorais. Logo que a novelista publicou a mensagem dizendo em inglês que ama a emissora, uma grande quantidade de internautas ficaram chocados com o posicionamento, tecendo críticas ao seu comportamento.
Na imagem, os dizeres “eu” em inglês, coração e o logotipo da Jovem Pan, remetendo à frase: “Eu amo a Jovem Pan”. Imediatamente, os usuários alegaram que esse compartilhamento seria uma mensagem de possível apoio ao atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, que está disputando as eleições presidenciais deste ano, aparecendo em segundo lugar em todas as pesquisas eleitorais, atrás do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Glória Perez nunca declarou o voto publicamente, mas já foi flagrada curtindo publicações em apoio ao presidenciável do PL. Outro ponto que os internautas fizeram questão de enfatizar foi o fato da autora declarar amor à outra emissora que não a que trabalha atualmente, outro sinal de que apenas estaria possivelmente apenas cumprindo contrato.
Confira algumas reações dos internautas no Twitter:
Documentário de Glória Perez
Recentemente, a autora acabou caindo nas graças do público depois de veicular na HBO Max um documentário sobre a história do crime brutal que Daniella Perez, sua filha, sofreu em 1992. De acordo com Glória Perez, essa era sua chance de contar a história sem que Guilherme de Pádua e Paula Thomaz interferissem na narrativa.
Daniella Perez foi assassinada com 18 punhaladas depois que Guilherme de Pádua e sua então esposa fizeram uma emboscada. Os dois faziam par romântico na novela “De Corpo e Alma”, e um suposto corte do ator da novela teria sido um dos principais motivos que o levaram a cometer o crime.
Glória Perez ficou conhecida por lutar para limpar a imagem da filha, que acabou sendo desgastada na imprensa sensacionalista, e para levar os responsáveis pelo homicídio para julgamento. Foi sua iniciativa que modificou a Lei de Crimes Hediondos, depois de recolher em um ano mais de um milhão de assinaturas a seu favor.
Foi também a autora quem convenceu os frentistas do posto de gasolina, principais testemunhas do caso, a prestarem depoimento. Foram eles que viram que Guilherme tinha agredido a jovem atriz ainda no local, sendo um dos pontos cruciais para contar a história do que realmente aconteceu.
Glória ainda conseguiu também o nome do responsável por lavar o carro do casal envolvido no crime, e chegou a passar uma semana sentada no meio-fio em frente à sua casa para conseguir fazer com que falasse. O crime todo, infelizmente, acabou ganhando contornos machistas, principalmente porque Daniella, na época, estava despontando como promessa na área, era recém-casada com o ator Raul Gazolla e já estava sendo visada como a “namoradinha do Brasil” do início da década de 1990.
O documentário é dividido em cinco capítulos, e até mesmo famosos mais jovens, que não chegaram a acompanhar o caso, deram seus depoimentos nas redes sociais, falando o quão impactante, forte e emocionante era o material. A história foi contada pela família pela primeira vez cerca de 30 anos depois que tudo aconteceu.