Um carro com bexigas azuis e a frase: “Minha última quimioterapia, Arthur, 3 anos” emocionou motoristas que trafegavam pela Avenida Brasil, perto da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, na região dos Jardins, em São Paulo, na manhã de sexta-feira (28).
No início do ano, Arthur foi diagnosticado com leucemia linfoide aguda. No dia 6 de maio, aniversário do menino e do pai, a criança estava entubada, bem como no Dia das Mães.
A TV Globo presenciou os motoristas e passageiros emocionados com a mensagem.
A mãe, Gabriela, conta que Arthur começou a ter dor na perna no finalzinho de janeiro. Os pais levaram a criança ao hospital porque acharam que era contusão, já que ele não queria colocar o pé no chão.
Depois, ele não queria nem ficar no chão mesmo, só deitado, diz a mãe. Em fevereiro, uma febre alta apareceu e levaram o menino ao pronto-socorro de um hospital em Mogi das Cruzes, onde a família mora.
![Carro com a frase "minha última quimioterapia" emociona motoristas de SP](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/10/arthurquimio.jpg)
Inicialmente, tentaram fazer um exame chamado mielograma, mas não conseguiram em Mogi. O médico pediu então a transferência para o Hospital da Luz, na capital, referência em UTI pediátrica, conta a família.
Após o diagnóstico da leucemia, no decorrer do tratamento, Arthur teve várias intercorrências.
“Porque a medicação é pesada, ele teve cirrose medicamentosa”, conta a mãe. Ele teve uma infecção no local em que recebia a medicação. Passaram a medicá-lo por um cateter central, na artéria do lado esquerdo. Do lado direito, ele tem uma trombose venosa na jugular. E nesta parte do processo, ele perdeu oxigenação no cérebro, teve um princípio de AVC, segundo a família. Uma ressonância magnética constatou uma lesão no cérebro do lado esquerdo. Ele foi pra UTI e chegou a ter convulsões por 2 horas.
Ele perdeu o movimento nas mãos, no processo, “não conseguia segurar a cabecinha”.
Depois que saiu da UTI, passou a fazer fisioterapia, a medicação foi sendo gradualmente retirada.
Nesta sexta, a mãe estava emocionada. “É uma mistura de emoção com alívio, porque eu passei o dia das mães esse ano muito angustiada”, disse.
“A gente sempre se manteve com fé esperança de que hoje ele estaria assim, livre da doença, bem, saudável, brincando, correndo. Foram dias angustiantes, mas agora, graças a Deus ele está bem”, completou.