Mulheres teriam um mesmo padrão: a maioria tinha cabelos castanhos e entre 20 e 30 anos de idade.
A polícia do estado de Iowa, nos Estados Unidos, está planejando escavar as terras de um homem que é acusado pela própria filha de obriga-la a ocultar corpos de 70 mulheres em sua propriedade.
Segundo informações do NY Post, a polícia começou as escavações no dia 1º de novembro em Thurman, cidade do estado de Iowa, perto de onde Donald Dean Studey e sua família moravam. A polícia só começou a escavar devido aos inúmeros pedidos de uma das filhas de Donald, que o acusa de ter matado entre 50 a 70 mulheres antes de sua morte em 2013.
A primeira escavação custou ao condado de Iowa mais de US$ 300 mil, segundo o xerife entrevistado pelo jornal norte-americano. Os investigadores estão planejando uma segunda escavação depois de terem obtido mais informações da filha de Donald, Lucy Studey McKiddy.
Segundo o relatório realizado pelos investigadores, Lucy Studey McKiddy disse ter ouvido histórias de que existiam pelo menos quinze corpos enterrados perto da casa de seu pai. A filha de Donald Dean Studey relatou que sei pai teria matado várias mulheres jovens entre os 30 anos que estavam morando na região e que ele obrigava os filhos a enterrar suas vítimas.
Lucy Studey McKiddy disse saber onde estão enterrados os corpos e que seu pai dizia que os filhos deveriam ir ao poço, que seria como ele se referia ao local onde enterrava suas vítimas. Lucy também afirmou que temia que seu pai pudesse atentar contra sua vida e esse medo constante a perseguiu enquanto seu pai estava vivo. Essa teria sido a maior razão para que Lucy não delatasse o próprio pai à Justiça norte-americana.
- Notícias: Corpos de jovens de 17 e 20 anos são encontrados em carro no RJ; adolescente estava desaparecida
A filha de Donald Dean Studey disse também que seu pai teve vários problemas com a polícia durante os anos em que esteve vivo, incluindo as ameaças de morte que fez a vários parentes. Lucy também afirma que ela e seus irmãos eram frequentemente ameaçados pelo pai a que fizessem as escavações para que pudessem enterrar os corpos. Lucy disse que tinha que usar um carrinho de mão, inclusive no inverno, para transportar os cadáveres até o local onde seriam descartados.
![Mulher acusa o próprio pai de obrigá-la a ocultar corpos de pelo menos 70 mulheres em poço nos EUA](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/11/Screenshot_25.jpg)
No entanto, as alegações de Lucy foram desmentidas por sua irmã, Susan. Susan disse que soube das acusações cerca de um ano atrás e disse que “saberia se meu pai tivesse assassinado alguém”, em entrevista ao NY Post. Para Susan, o pai de ambas era uma pessoa rígida, mas que amava seus filhos. “Pais rígidos não se transformam em assassinos”, enfatizou Susan.
Donald Dean Studey, que morreu em março de 2013, estava sempre bêbado e matava as mulheres esmagando ou chutando suas cabeças dentro de um trailer, segundo relatou Lucy. As duas esposas de Donald se suicidaram. Segundo os registros policiais, uma se enforcou com fio elétrico e a outra usou uma arma para tirar sua vida.
Até o momento, os investigadores acreditam na versão de Lucy sobre os fatos. Caso confirmadas as 70 mortes, Donald Dean Studey seria um dos maiores seriais killers da história americana. A polícia trabalha com a hipótese de que ele atraia as vítimas, que eram mulheres prostitutas na cidade de Omaha, em Nebraska, para sua fazenda e somente aí ele as assassinava.
Cães farejadores foram deslocados para tentar encontrar os corpos das vítimas e alertaram para quatro possíveis pontos dentro da propriedade de Donald Dean Studey. O último cachorro teria tido vários “acertos”, segundo o R7.
Lucy também informou que as vítimas sempre tinham, na maior parte das vezes, um mesmo padrão: tinham cabelos escuros, eram brancas e tinham entre 20 e 30 anos. Somente uma vítima teria 15 anos. Todas as vítimas teriam sido enterradas com vestidos e usando joias. Se alguma delas tivesse dentes de ouro, eles eram arrancados e guardados como “troféus” de cada assassinato.
A filha de Donald Dean Studey disse que tentou contar a história por anos, mas que ninguém nunca acreditou em seus relatos. O caso está com o FBI e a Divisão de Investigação Criminal de Iowa.