O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que em agosto a variação tinha sido de 1,1%.
O setor de serviços, também chamado de setor terciário, abarca as atividades que envolvem prestações de serviços e comércio. Isso significa que qualquer tipo de negócio que envolva oferta e/ou aquisição de um serviço entram nessa categoria, como jornalistas, médicos, dentistas, advogados, mecânicos, vendedores em lojas, entre outras inúmeras profissões que seguem a mesma linha.
O volume de serviços prestados no país teve alta de 0,9% em setembro, perante o mês anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, a variação tinha sido de 1,1% (após revisão de dado divulgado inicialmente como alta de 0,7%).
A alta de setembro foi a quinta seguida. No período, o ganho acumulado foi de 4,9%. Com isso, os serviços alcançaram patamar 11,8% superior ao do pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e atingiram novo ponto mais alto da série histórica, superando novembro de 2014.
Na comparação com setembro de 2021, o indicador aumentou 9,7%. No resultado acumulado em 12 meses até setembro, houve expansão de 8,9%. De janeiro a setembro de 2022, o indicador acumula variação de 8,6% frente a igual período de 2021.
A alta na série com ajuste sazonal foi maior que a mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de expansão de 0,4%. O resultado também veio acima do teto das projeções, já que o intervalo das estimativas ia de queda de 0,4% a alta de 0,8%. Já a expectativa mediana para o resultado de setembro de 2022 frente a setembro de 2021 era de alta de 8,2%, com crescimento entre 7,3% e 8,7%.
Três das cinco atividades acompanhas pela pesquisa tiveram alta passagem de agosto para setembro. O destaque foi informação e comunicação (2,0%), que registrou o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,1%. As demais expansões vieram dos serviços prestados às famílias (1%) e dos profissionais, administrativos e complementares (0,2%).
Em sentido oposto, os transportes (-0,1%) e os outros serviços (-0,3%) exerceram as influências negativas de setembro. O primeiro interrompeu uma sequência de quatro taxas positivas e o segundo devolveu uma pequena parte do avanço 7,7% verificado em agosto.
O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 0,5% entre agosto e setembro. Na comparação com setembro de 2021, a receita de serviços avançou 16,5%.
O IBGE destacou que o indicador de atividades turísticas aumentou 0,4% de agosto para setembro, terceira alta seguida, acumulando um ganho de 3,2% no período. Com o desempenho, o setor se encontra 0,7% acima do patamar pré-pandemia. Foi só em agosto de 2022 que o turismo ultrapassou o nível de volume de serviços registrado em fevereiro de 2020.
“Quando a gente olha o resultado do turismo em setembro, regionalmente, há uma concentração do crescimento, com expansão em apenas cinco dos 12 locais pesquisados”, afirma o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, responsável também pelo indicador do turismo.
Os destaques positivos foram de Rio de Janeiro (2,6%), São Paulo (0,7%), Distrito Federal (+3,4%) e Pernambuco (+1,6%). Em contrapartida, os recuos mais importantes vieram de Minas Gerais (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-3,2%).
Considerando o período de janeiro a setembro de 2022, o turismo tem expansão de 36,9% frente a igual período de 2021, o que mostra a recuperação do setor no ano após a melhora da pandemia.
Segundo o IBGE, o crescimento do turismo este ano foi puxado principalmente por transporte aéreo de passageiros, restaurantes, hotéis, locação de automóveis, transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.
Regiões do Brasil
O crescimento do segmento de serviços em setembro foi acompanhado por taxas positivas em 19 das 27 unidades da federação. Os impactos mais importantes vieram de Rio de Janeiro (0,7%), seguido por Santa Catarina (2,6%), Rio Grande do Sul (1,0%) e São Paulo (0,1%). Em contrapartida, Paraná (-2,3%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Pernambuco (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%).
Na comparação com setembro de 2021, em que o aumento na média brasileira foi de 9,7% frente a setembro de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (9,7%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação.
A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (12,5%), seguido por Minas Gerais (13,0%), Rio de Janeiro (4,0%), Rio Grande do Sul (7,9%) e Santa Catarina (9,8%). Por outro lado, Distrito Federal (-2,7%) e Mato Grosso do Sul (-0,1%) foram as quedas do mês.