Marcela Ellen, matou o noivo em motel no último dia 9 de novembro. Confira revelações sobre o dia do crime.
Jordan Guimarães Lombardi, um empresário de 39 anos foi morto pela própria noiva, Marcela Ellen, 31 anos, com um tiro no olho dentro de um motel do Distrito Federal, na madrugada da última quarta-feira (9/11).
O crime chocou o Brasil, e despertou muitas dúvidas sobre as motivações de Marcela. Em uma conversa com o Correio, o pai de Marcela, Marcelo Araújo, 51, contextualizou um pouco da vida da filha, de relacionamentos passados e do seu trabalho anterior como acompanhante de luxo.
Marcela cresceu em uma família humilde, de pai e mãe pastores. Morou com a família até os 13 anos em Riacho Fundo até que resolveram fazer a mudança para a cidade onde viviam antes, à Cidade Ocidental (GO).
Ela tinha o sonho de ser advogada, e quando terminou o Ensino Médico, começou a cursar direito no Centro Universitário Unidesc, onde se formou. Junto ao começo da carreira, ela também ingressou em um relacionamento com um filho de pastor e músico de uma igreja.
![Cárcere privado, drogas, estupro: revelações sobre a vida da mulher que matou noivo em motel](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/11/1-Carcere-privado-drogas-estupro-revelacoes-sobre-a-vida-da-mulher-que-matou-noivo-em-motel.jpg)
O namoro progrediu e eles se casaram em 2013, quando Marcela tinha 22 anos. No entanto, as coisas não funcionaram da melhor maneira possível. Quando começaram a morar sozinhos, a família percebeu que algo estava errado, pois Marcela havia se afastado demais. Logo após decidirem que visitariam a filha em um final de semana, Marcelo e a esposa descobriram através de um noticiário local que a jovem estava sendo vítima de violência doméstica.
A relação abusiva veio à tona em 2016, e a família também descobriu que Marcela era agredida e mantida em cárcere privado pelo então marido, que foi preso em flagrante. Segundo Marcelo, foi também com esse homem, que aparentava ser uma boa pessoa, que ela começou a usar drogas.
Mudança, trabalho como acompanhante de luxo e namoro com Jordan
Marcela conseguiu uma medida protetiva conta a Justiça, mas o ex não deixou de persegui-la, e por conta disso ela se mudou para São Paulo e começou a trabalhar como acompanhante de luxo divulgando seus serviços em um site específico. Marcelo desabafa que a escolha da filha lhe causou dor, mas que a família jamais deixou de amá-la.
Após um tempo, ela conheceu Jordan, que trabalhava no alto escalão da McKinsey & Company, e ambos ingressaram em um relacionamento. Jordan, que viajava pelo mundo, passou a levar a advogada, que o acompanhava e compartilhava registros nas redes sociais.
![Cárcere privado, drogas, estupro: revelações sobre a vida da mulher que matou noivo em motel](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/11/Screenshot_73-1.jpg)
Para a família, ela relatava que vivia um verdadeiro “conto de fadas”. Os pais de Marcela viram Jordan raras vezes, quando ele vinha a Brasília a trabalho, e uma dessas ocasiões, ele teria falado a Marcelo que sua filha era a mulher de sua vida.
No entanto, a relação aparentemente perfeita encobria um vício nas drogas de ambas as partes. Marcelo e a esposa descobriram a realidade após um desabafo da filha.
Apesar das dificuldades, eles chegaram a marcar o casamento para janeiro de 2023, mas a cerimônia nunca chegará a acontecer.
O crime aconteceu durante uma viagem de São Paulo a Brasília. Conforme apurado pelo Correio, durante o trajeto ambos fizeram uso de cocaína e deram entrada no Motel Park Way, na Candangolândia, assim que chegaram.
Segundo o portal de notícias, uma das motivações do crime foi Marcela ter descoberto que a enteada, filha de Jordan, sofria abuso sexual do padrasto e cobrar uma posição do empresário. Eles chegaram a discutir sobre isso no motel.
No local, eles também contrataram o serviço de um garoto de programa, que recebeu R$ 5 mil pelos serviços. Após 2 horas, o homem teria ido embora, após ser agredido por Jordan. Novamente o casal entrou em uma briga, e Marcela inclusive ligou para o Disque 100, para fazer uma denúncia, quando levou tapas no rosto, conforme contou em seu depoimento.
Em seguida a isso, ela pegou uma arma em sua bolsa, que era de Jordan, e apontou para o companheiro. O disparo dado pela advogada atingiu o olho de Jordan.
Após o tiro, ela fugiu, dirigindo até uma via próximo ao distrito de Girassol (GO). O carro deixou de funcionar e ela abordou um motorista de Kombi com uma arma, tentando roubar o veículo.
O condutor conseguiu pedir ajuda da vizinhança Marcela acabou sendo presa em flagrante. Após audiência de custódia, a Justiça determinou sua prisão preventiva. Ela agora está detida no presídio de Barro Alto (GO), em cela especial.
O pai da advogada acredita que a causa de tudo foram as drogas, e que não quer justificar as atitudes de Marcela, mas que para ela ter feito o que fez, é porque queria se defender.