Uma foto feita logo após um parto realizado no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no dia 10 de julho, mostra o anestesista Giovanni Quintella Bezerra excitado ao lado de uma mãe e de seu bebê, segundo o advogado Joabs Sobrinho.
“Se você olhar a foto, você vai perceber que ele está atrás dela. Ele está abusando desde o momento que ela chegou, e naquele momento você percebe o volume na calça. Ele estava excitado naquele momento. Foi quando nasceu a criança, e ela entrou para tirar foto. Ele estava abusando dela”, explicou Sobrinho.
Giovanni foi preso neste mesmo dia 10 de julho, após realizar mais duas cesáreas na unidade hospitalar. O médico foi filmado colocando o pênis na boca de uma gestante dopada. O vídeo foi feito pela equipe de enfermagem do hospital. Ele foi indiciado e é réu por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
A gestante que aparece ao lado de Giovani na foto não quis revelar sua identidade, mas garantiu em entrevista ao g1 que também foi abusada pelo profissional de saúde.
![Anestesista preso por estupro durante cesárea aparece excitado em foto após outro parto, diz advogado Anestesista É Preso Em Flagrante Por Estupro De Uma Paciente Que Passava Por Cesárea No Rj](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/12/Screenshot_301.jpg)
“Eu tenho certeza absoluta que ele fez comigo. Por isso, ele tem que pagar.”
Segundo a vítima, um dos indicadores de que ela foi dopada pelo anestesista foi a reação do seu corpo após o parto de seu segundo filho. A vendedora disse que não conseguiu nem mesmo amamentar a criança no dia.
“Eu fiquei muito tempo apagada. Na minha primeira cesárea eu não dormi. No nascimento desse meu filho, eu não consegui amamentá-lo. Só estive com ele 8 horas depois”, disse a mulher.
A defesa do anestesista é feita pela Defensoria Pública do RJ, que informou que não vai se manifestar porque o processo corre em segredo de justiça.
Giovanni está preso em uma cela individual do pavilhão 8 de Bangu, na Zona Oeste do Rio, destinado a detentos com curso superior. Ele está isolado por causa de ameaças. O médico virou réu em julho.
A Polícia Civil investigou mais de 40 possíveis casos de estupro de pacientes de Giovanni Quintella. Esse número representa o total de procedimentos cirúrgicos que contaram com a participação do anestesista. Apenas no Hospital da Mãe, em Mesquita, o médico participou de 44 cirurgias.