Aos 55 anos, avô é preso por abusar sexualmente da própria neta de apenas 9 anos, em Santa Catarina.
Nesta segunda-feira (19), um avô de 55 anos foi preso pela polícia suspeito de abusar sexualmente da neta, uma menina de apenas 9 anos. De acordo com a Ricmais, o crime só foi descoberto após a criança ser diagnosticada com sífilis e HPV, duas doenças sexualmente transmissíveis.
A prisão preventiva aconteceu na noite da segunda-feira (19), em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, entretanto, o crime teria acontecido este ano, em Pinhalzinho, uma cidade no Oeste do estado, quando a menina foi morar na mesma casa que o avô. A polícia ficou ciente do crime após a denúncia de uma equipe de saúde, que havia realizado exames ginecológicos na vítima.
De acordo com o jornal local da cidade, o delegado da Polícia Civil, Lucas Almeida, informou que o crime de violência sexual teria sido praticado ainda este ano, durante o tempo em que o avô conviveu junto da neta. Após os exames ginecológicos, os resultados alertaram a equipe de saúde sinais de estupro de vulnerável, acionando as autoridades rapidamente.
Conforme ainda o delegado Lucas Almeida, o idoso de 55 anos foi preso para pagar pelo crime, bem como impedi-lo de novas práticas do crime contra a neta. O pedido foi deferido pelo Poder Judiciário, e o caso segue sob investigação. Segundo Almeida, a Polícia Civil continuará combatendo tais crimes com empenho, e alertam a sociedade para ficarem atentos aos filhos e filhas, de modo a protegê-los também.
O que é Sífilis?
Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que pode se manifestar em diferentes estágios. Segundo o Ministério da Saúde, a sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou durante a gestação ou do parto do bebê. Em estados mais graves, se não houver um acompanhamento adequado, pode causar complicações graves, podendo levar à morte.
A sífilis primária, geralmente, apresenta uma ferida no local de entrada da bactéria, aparecendo entre 10 a 90 dias após o contágio. A ferida normalmente não dói, não arde, não coça e não tem pus, e pode estar acompanhada de ínguas na virilha. A sífilis secundária tem sintomas entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial, e pode ocorrer dor de cabeça, febre, e surgimento de manchas e ínguas no corpo. Já a sífilis terciária surge entre 1 e 40 anos após o início da infecção, com lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
O diagnóstico pode ser feito através do SUS, por meio de um teste rápido (TR) de sífilis. O resultado sai em, no máximo, 30 minutos, sendo a principal forma de diagnóstico da infecção. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, ela pode ser tratada com a aplicação da penicilina benzatina (benzetacil).
O que é HPV?
O HPV é a sigla em inglês para Papilomavírus Humano, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). O vírus infecta a pele ou mucosas, provocando verrugas anogenitais e câncer, dependendo do seu tipo. Segundo o Ministério da Saúde, alguns casos podem ficar latentes de meses a anos, sem manifestar sinais visíveis da infecção.
Os primeiros sinais do HPV surgem entre 2 a 8 meses, aproximadamente, entretanto, pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal. Pessoas com imunidade baixa e gestantes infectadas podem manifestar os sinais mais rapidamente.
O tratamento do HPV deve ser individualizado, mas pode ser feito de modo químico, cirúrgico e com estimuladores de imunidade. Além disso, a vacina do HPV é distribuída gratuitamente pelo SUS para crianças de 9 a 14 anos, com 2 doses.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.