Suspeitando que o filho estivesse se envolvendo secretamente com a madrasta, pai mata jovem a facadas.
Um crime chocou os vizinhos na cidade de Curitiba, no Paraná, nesta terça-feira (20). De acordo com informação do R7, um homem de 36 anos foi preso em flagrante após matar o próprio filho a facadas, motivado por ciúmes de sua esposa. Segundo o autor do crime, ele suspeitava que o jovem, identificado como Kauan Gabriel Chalegre Arruda, estava tendo um caso com a madrasta, e por isso, foi confrontar o filho, resultando no acontecimento fatal.
O crime aconteceu no bairro Santa Cândida, onde o pai, suspeitando que os dois estivessem juntos secretamente, confrontou o próprio filho acusando-o, entretanto, ele negou veemente o envolvimento amoroso. Mas, sem acreditar, o homem o atingiu com uma facada no peito. O rapaz, que tinha apenas 17 anos, tentou fugir, mas o pai continuou a persegui-lo, golpeando-o mais de duas vezes e acabou não resistindo aos ferimentos, falecendo na casa de uma vizinha.
Em seguida, o autor do crime foi encontrado com a faca em mãos pela polícia e foi preso em flagrante. Questionado pelas autoridades, o pai do jovem não quis esclarecer os acontecimentos do caso. Ainda de acordo com o R7, os vizinhos relataram que as brigas entre a família eram constantes, e que o pai teria dito mais de uma vez que acreditava que a esposa e o filho tivessem um caso.
Segundo o SP Diário, Kauan Gabriel Chalegre Arruda teria negado várias vezes sobre as acusações que vinha recebendo de seu pai sobre ter um caso com a madrasta. Apesar das afirmações do filho, o homem não acreditava nos dois, voltando sempre a questionar o genitor sobre o caso, até que o crime aconteceu. Depois de ser encaminhado para a prisão, o pai do rapaz afirmou estar arrependido do crime.
De acordo com informações do portal local Banda B, o cabo Knoll, da Polícia Militar, informou que o crime teria sido motivado por causa de uma discussão entre pai e filho. O autor, que estava confuso, também fez uso de drogas, e por isso, não conseguiram apurar melhor o que teria provocado a discussão.
Cabo Knoll explicou que a informação recebida é que a vítima estava sentada no sofá de casa quando foi surpreendida pelo pai com uma facada no peito. O rapaz, Kauan Gabriel Chalegre, tentou correr, mas, como os ferimentos foram em uma região delicada, morreu poucos instantes depois.
Ainda segundo o portal local, o corpo do adolescente foi encontrado na residência de uma vizinha, enquanto o Siate, um serviço de socorro que atende 24 horas no Paraná, foi acionado e confirmou a morte de Kauan no mesmo local. O corpo do adolescente foi recolhido pelo Instituto Médico Legal de Curitiba (IML). De acordo com informações da Polícia Militar, o pai da vítima tem uma ficha criminal extensa, sendo preso novamente.
Violência contra crianças e adolescentes no Brasil
Segundo o Folha de São Paulo, os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) dizem que, entre 2016 a 2020, o Brasil perdeu 19 crianças ou adolescentes por dia para a violência. Além disso, houve um total de 35 mil assassinatos nos últimos cinco anos. Os dados demonstram que os jovens entre 10 e 19 anos, geralmente, têm sua maior parcela de assassinatos em vias públicas ou por desconhecidos. Ainda segundo a análise dos dados, há uma tendência nos assassinatos totais do Brasil nos últimos anos, que caíram a partir de 2017, mas se estabilizaram em 2020 mesmo com a pandemia do Coronavírus.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.