Homem era instrutor de voo. Incidente ocorreu em Bertioga.
Um professor de educação física e instrutor de voo morreu em Bertioga, no litoral de São Paulo. O paraglider teria sido atingido por uma linha que tinha cerol. De acordo com as testemunhas, o equipamento do homem teria rasgado e José Hélio da Rocha, que tinha 61 anos, teria despencado de uma altura de aproximadamente 15 metros. A mulher que o acompanhava teve fraturas nas pernas e foi encaminhada a um hospital da região.
Um paraglider é semelhante a um paraquedas, mas sua estrutura é mais flexível. Atualmente é considerado como esporte o voo de parapente, que é uma modalidade de voo livre, que pode ser praticado tanto como recreação, como também em competição, sendo considerado como um esporte radical. O parapentista tem um voo mais dinâmico e é o piloto que controla a direção do paraquedas.
Segundo o G1, o acidente teria ocorrido no último domingo (25/12). A mulher que estava com o instrutor José Hélio da Rocha, de 61 anos, foi identificada como Lorrana Fernanda Rodrigues, de 23 anos. Ambos teriam sido encaminhados ao Hospital Municipal de Bertioga, mas devido à uma hemorragia severa, o instrutor teria sido transferido para o Hospital Santo Amaro, que fica no Guarujá. José Hélio da Rocha, de 61 anos, veio a falecer na última segunda-feira (26/12). Lorrana Fernanda Rodrigues continua internada em observação.
De acordo com as informações da Polícia Militar, banhistas da praia de Indaiá, que fica em Bertioga, teriam informado à corporação que um paraglider tinha caído na faixa de areia do local. As testemunhas também teriam informado que o aparelho estava tentando pousar quando foi atingido pela corda que tinha cerol.
Devido ao incidente grave, viaturas do Corpo de Bombeiros foram acionadas ao local e constataram as vítimas feridas. José Hélio da Rocha e Lorrana Fernanda Rodrigues foram levados para o pronto atendimento médico na unidade de saúde de Bertioga.
Após a queda do paraglider, Lorrana Fernanda Rodrigues teria sido levada à unidade no dia 25 de dezembro, em pleno Natal. Ela foi atendida pela equipe multidisciplinar do hospital e no mesmo dia teria realizado uma série de exames para verificação do estado geral da vítima.
Devido à gravidade dos ferimentos sofridos, a vítima aguardava transferência por meio da Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde para a realização de cirurgia nas pernas, mas Lorrana Fernanda Rodrigues está estável e internada, recebendo a devida atenção médica. Ela teve várias fraturas nas pernas, costas e bacia. Lorrana Fernanda Rodrigues mora em Campinas e estava passando o Natal com a família em Bertioga.
José Hélio da Rocha foi levado para a unidade também no domingo de Natal (25/12) pelos Bombeiros e devidamente atendido por outra equipe multidisciplinar do hospital. Como seus ferimentos eram mais graves que os de Lorrana Fernanda Rodrigues, ele foi incluído de imediato na Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde como vaga zero, o que significaria máxima prioridade e transferido para o Hospital Santo Amaro, que fica na cidade de Guarujá, distante de Bertioga a 37 quilômetros, no mesmo dia. O instrutor e professor de educação física teve a região da bacia atingida pela forte queda e uma forte hemorragia.
Segundo o site Terra, as cordas do equipamento de José Hélio da Rocha foram cortadas ao entrar em contato com a linha com cerol. O instrutor não resistiu aos ferimentos e à hemorragia e veio a falecer nesta última segunda-feira (26/12).
Conforme o apurado pela Folha, a Polícia Militar está tentando identificar o ou os responsáveis pela linha com cerol que teria causado o acidente fatal de José Hélio da Rocha.
Associação dos voos
Conforme a legislação vigente, o paraglider é considerado veículo e estaria proibido de sobrevoar as faixas de areia. A medida aumentaria a segurança daqueles que transitam pelo solo. A legislação também prevê que os veículos aéreos devem planar pelo menos a 50 metros mar adentro. Fora essas normativas dentro da legislação, os instrutores devem encontrar local apropriado para o pouso, que deve ser o mais longe possível dos banhistas para evitar maiores acidentes.
De acordo com a Folha, o instrutor José Hélio da Rocha já teria sido notificado pela Associação Aerodesportiva de Bertioga por prática irregular.
José Maria Souza, que é presidente da Associação Aerodesportiva de Bertioga, voar perto da faixa de areia é tido como prática proibida. O presidente também revelou ao G1 que a Associação tem notificado a vários instrutores que desrespeitam as regras.
Ainda conforme o relatado por José Maria Souza, o instrutor José Hélio da Rocha teria sido expulso da associação por não cumprir as regras do órgão.
Acidentes com paraglider são frequentes na região do litoral paulistano
Segundo o R7, dois acidentes teriam sido registrados no mesmo dia no litoral de São Paulo. Em um deles, o piloto terminou pendurado em um poste de iluminação. O incidente aconteceu na cidade de São Vicente, no fim do mês de novembro. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, para resgatar o piloto, o mesmo já teria conseguido descer com a ajuda de populares.
Segundo o G1, uma testemunha disse que uma das cordas do paraquedas estaria cedendo e para que o piloto não tivesse maiores ferimentos, populares aproximaram uma pick-up embaixo do piloto, para que ele pudesse cair a uma distância menor do chão. O piloto teria escorado nas costas de um dos rapazes que o ajudaram a descer.
No outro caso, uma rajada de vento fez com que o piloto terminasse preso em uma árvore.
Ambos teriam sido resgatados sem ferimentos.