Emillyn Richalski Tracz, 17 anos, foi torturada na frente da mãe dela, na madrugada desta quinta-feira (12), em uma residência, em Campo Largo (PR).
A mãe dela também foi assassinada a tiros e a polícia crê que os suspeitos queriam o celular do marido da adulta.
A Polícia Civil classificou o crime como bárbaro. A apuração inicial dá conta que homens invadiram a residência e o homem, que seria o alvo dos criminosos, fugiu pela janela.
Os suspeitos então dominaram mãe e filha e exigiam o celular e a senha do namorado dela.
Como a mãe não sabia da senha, os suspeitos torturaram a filha, com diversas facadas pelo corpo dela. A menina ainda teve o braço quebrado.
Sem conseguir o que queriam, os bandidos botaram mãe e filha de joelhos e atiraram na cabeça delas.
![Garota é torturada e morta na frente da mãe; bandidos queriam celular de padrasto](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Screenshot_534.jpg.webp)
A Divisão de Homicídios diz que os bandidos queriam o celular, para ter a senha de um futuro PIX.
De acordo com o chefe da Divisão de Homicídios de Campo Largo, Rodrigo Podegurski, a polícia acredita que o alvo dos criminosos era o namorado de Daniele, que fugiu por uma janela no momento em que a casa foi invadida e conseguiu fugir.
“Mãe e filha na sala de estar, com tiros, a mãe com tiro na nuca, tiro de execução, e a filha com tiro na cabeça. Ambas ajoelhadas, típica cena de execução. Começamos a levantar o porquê desta situação e chegamos na pessoa do padrasto, porque ele estava no local do crime”, explicou o investigador.
“O alvo, o que nossa investigação já está iniciando, é que não era a mãe, a Daniele, tampouco a filha. Mas o que eles estavam atrás era deste padrasto e do celular. Era um crime, primeiramente, pelo que a gente está notando, patrimonial. Eles estavam querendo o celular para ter uma senha de um futuro pix, e a gente já se aprofundando, nós já sabemos que o rapaz marido da Daniele mexe com carros. Então pode ser que uma venda de um carro tenha dado este gatilho para esta situação”, adiantou Podegurski.
O investigador também explicou que a perícia já apurou que a menina foi torturada e classificou o caso como um “crime bárbaro”. “Para fazer com que a mãe entregasse o celular, eles ficaram focando na tortura em cima da menina, dando facadas pelo corpo e, vendo que não iam conseguir, chegaram a quebrar o braço direito dela, pelo que a perícia nos contou, e depois, posteriormente, deram um tiro na nuca dela. Matando a filha na frente da mãe e, depois, executaram a mulher. Ambas, lado a lado, chegando neste crime bárbaro aqui na cidade de Campo Largo”, lamentou o investigador.
A Polícia Civil do Paraná já intimou o namorado de Daniele e familiares das vítimas para depor na delegacia.
Se você presenciar um episódio de violência doméstica ou familiar, e sentir que as vítimas estão correndo risco imediato, não hesite em ligar para o 190, acionando obrigatoriamente a polícia e o socorro.
Para casos não emergenciais, basta ligar para o 180 ou para o Disque 100, ambos os canais estão disponíveis todos os dias, em qualquer horário e oferecem orientações às vítimas de violência doméstica, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
Os números também atendem denúncias sobre pessoas idosas, população LGBT, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.