O ex-atleta Bruno cumpre uma pena em regime semiaberto domiciliar desde julho de 2019.
Ex-goleiro Bruno teve sua liberdade condicional concedida pela Justiça do Rio de Janeiro. Ele cumpria pena em regime semiaberto domiciliar desde 2019.
Conforme O Globo, o ex-atleta agora está sem restrições de horário para permanecer fora de casa. Sendo assim, ele não precisará mais respeitar quaisquer limitações nesse sentido. A nova decisão foi tomada pela juíza Ana Paula Abreu Figueiras, atuante na Vara de Execuções Penais, na quinta-feira passada.
Na visão da magistrada, Bruno respeitou todas as determinações no que concerne ao regime semiaberto, e por essa razão, não houveram fatores que impedissem sua concessão à liberdade condicional.
Mesmo com o fim da limitação em relação aos horários, de três em três meses, o goleiro deverá se apresentar em alguma unidade do Patronato Margarino Torres, pertencente à Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, para fins de controle judicial.
Vale ressaltar que Bruno foi um dos responsáveis pelo assassinato de Eliza Samúdio, que é inclusive, mãe de um filho seu. O crime ocorreu em meados de 2010. Cerca de três anos depois, o ex-goleiro do Flamengo foi condenado a cumprir pena de 22 anos e três meses pelo Tribunal do Júri de Contagem, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, capital mineira.
Conforme o jornal Extra, para a mãe da vítima, o crime foi classificado como “queima de arquivo”. O nome de sua filha foi parar em diversas manchetes de jornais após ela desaparecer e ter Bruno Fernandes envolvido em sua misteriosa morte.
Mais de uma década depois, Sônia Moura ainda tenta refazer a vida e entender o que culminou no fim tão trágico da modelo. Em sua opinião, a gravidez de Eliza Samúdio teria sido o motivo principal do ocorrido.
Por saber muitas coisas sobre Bruno e depois de ter engravidado após passarem quatro meses juntos, certamente esse teria sido o fator crucial para o assassinato ter sido cometido. Apesar do pai de seu neto insistir na ideia de que eles se envolveram apenas em uma noite, Sônia afirma que o relacionamento, embora tenha sido breve, foi mais longo do que isso.
Com o coração partido, Sônia Moura é categórica ao dizer que Eliza não engravidou em uma orgia como Bruno tanto falou na mídia. A mulher garante existir provas anexadas das conversas entre os dois. Somente em uma delas, o ex-jogador de futebol fala sobre uma noite de amor.
A mãe da modelo detém a guarda de Bruninho, filho de Bruno com Eliza Samúdio, e fala que as alegações para o assassinato da filha estão todas dentro do processo referente ao crime. Segundo a mulher, o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro mostra que Bruno era garoto-propaganda de Nem – conhecido por ser líder do tráfico da Rocinha, no Rio de Janeiro, ainda naquela época. O mesmo tinha ligações com tráfico de drogas e caça-níquel.
Na ocasião, haviam cinco boletins de ocorrência contra Eliza e naquele momento, o ex-goleiro estava sendo cotado para despontar em território internacional. Caso a bomba explodisse, isso com certeza iria atrapalhar sua carreira no esporte que o consagrou.
Porém, se ele queria dando dar prosseguimento ao sonho, fez exatamente o caminho inverso do sucesso. Antes de cometer o crime, nas palavras de Sônia, Bruno teria agredido Eliza Samúdio com inúmeros tapas.
Hoje, o criminoso é casado com a dentista Ingrid Calheiros e mora em Cabo Frio, ao lado de sua companheira e com uma das filhas. De acordo com a mãe de Eliza, ele nunca pagou a pensão de seu neto e nem tem contato com o menino, que cresceu órfão de mãe, e não literalmente, de pai também, uma vez que Bruno não é presente e esteve atrás das grades esse tempo todo.
Crime brutal, acontecido há pouco mais de uma década marcou a sociedade, chocando a todos os brasileiros.