Acusado de estupro, homem foi liberado porque não houve flagrante.
Um homem acabou preso após ser considerado suspeito de estupro contra sua enteada de nove anos. Caso ocorreu na madrugada desta quarta-feira (8), em Francisco Morato, São Paulo.
No entanto, ele foi solto logo depois. Isso porque não houve flagrante. Ele havia sido levado até a delegacia após a criança confessar para sua avó de consideração, mãe do acusado, que ele estaria praticando relações sexuais com ela. No domingo (5), dia marcado pelo último abuso, houve penetração.
De acordo com a Polícia Militar, o padrasto da menina confessou ter cometido os abusos cerca de três vezes. Foi registrado um boletim de ocorrência por estupro de vulnerável na delegacia.
Os policiais pediram a prisão preventiva dele à Justiça. Até sair a determinação judicial, ele precisou ser liberado. Na tarde desta quarta-feira (8) a prisão ainda não havia sido decretada, como apontado pelo g1.
Estado de saúde da menina
A idosa comunicou à mãe da garota sobre o relato e dirigiram-se à Santa Casa de Misericórdia do município onde vivem, a fim de receber atendimento médico. Lá ela realizou uma série de exames, inclusive de urina, indicando um possível crime de cunho sexual. Nas partes íntimas dela foram constatadas algumas lesões.
Segundo informações do portal R7, uma técnica de enfermagem responsável por atender a vítima alegou que tanto a avó como a mãe, suspeitavam dos abusos. Por esse motivo, acharam melhor solicitar os exames. A profissional pontuou que os episódios eram frequentes e ocorriam há pelo menos dois anos.
Agentes da Polícia Militar Metropolitana foram acionados e conversaram com as duas responsáveis pela vítima do abusador. A mãe dele confirmou às equipes que o filho estava em sua residência, informando o endereço. Eles foram até o imóvel para encontrá-lo e emitir voz de prisão. O homem, de 27 anos, afirmou ter um relacionamento de três anos com a mãe da enteada.
Um outro caso de estupro que chocou o Brasil recentemente é o de Sophia, vítima de agressão sexual em Campo Grande (MS). Entenda os detalhes!
Caso Sophia: mãe da menina já sabia que ela estava morta
Conforme o UOL, a mãe de Sophia de Jesus Ocampo, de dois anos, sabia que ela estava morta no momento em que buscou atendimento médico. É o que aponta a investigação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. A filha foi levada até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Campo Grande, no dia 26 de janeiro, aproximadamente sete horas depois de morrer.
O laudo necroscópico mostra que Sophia teria morrido por volta das 9h ou 10h daquela fatídica data, dando entrada na UPA em torno das 17h. A mãe e o padrasto da criança, Christian Campoçano Leitheim, estão presos preventivamente.
O inquérito fechou na última sexta-feira (3) e em seguida, foi encaminhado à Justiça respeitando o prazo legal de até dez dias em casos como este, quando o réu está detido.
Anne Karine, delegada da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), relata que os investigadores conseguiram acesso às conversas entre o casal, por meio de aplicativo de mensagens.
Durante o bate-papo, eles tentaram criar uma versão fictícia para justificar o óbito de Sophia. Christian falava para Stephanie dizer que a menina tinha caído enquanto brincava no parquinho.
Em seguida, sugeriu a mulher para contar a verdade aos policiais, garantindo que tiraria a própria vida.
Laudo do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) constatou que a garota sofreu um traumatismo raquimedular na região da coluna cervical. Averiguou também que a pequena Sophia teve seu hímen rompido, mostrando uma violência sexual antiga. Nenhum dos dois acusados prestou esclarecimentos em relação à dinâmica da morte da vítima.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.